terça-feira, 1 de julho de 2008

Colecionando ou Reciclando...

Photobucket

Sempre achei que comprar em brocantes ou vide-greniers (esvazia-celeiros) era coisa de pão duro ou então para quando precisávamos fazer economias, pois no Brasil não temos o hábito de utilizar objetos de segunda mão, contrariamente à Europa, onde em um site como E-bay se vende de tudo, de sapatos usados a automóveis. Mas nestes tempos bicudos, onde o consumo e a produção desenfreados são apontados como os vilões do problema climático, a reciclagem de objetos adquire uma dimensão suplementar, a de contribuir para a defesa do meio ambiente.


Photobucket

Esta brocante anual onde estive ontem (falei dela no ano passado aqui) no Parque Sainte-Marie em Nancy, tem um caráter duplo, a da venda de objetos usados banais que os proprietários não querem mais e também o de venda de antigüidades, cujo público são principalmente os colecionadores. Vejam alguns objetos expostos e me digam o que acham. Seriam para colecionar ou reciclar?



E você, compraria livros, discos, roupas, louça, móveis, de segunda mão? Será que no Brasil esta moda pegaria?


Alto da Página



15 comentários:

Anônimo disse...

Maria Augusta. Eu compraria, assim como compro...rs Pergunte se não sou amante de sebos? Ou das feiras de antiguidades(que nem são só de antiguidades)? Aliás, nós brasileiros, temos a mesma tendência consumista dos americanos. E estranhamos a atitude dos europeus, nesse quesito. Claro que europeus também consomem, mas, nem de longe como aqui...
Já hospedei em casa um jovem suíço, de Genebra, amigo de meu filho. Ele mesmo ficou impressionado com nossos costumes consumistas e nós, envergonhados, diante das histórias dos costumes deles, suíços...
Enfim. Eu tenho mania de querer conversar com vc, aqui, no seu espaço...rs Desculpe-me.
Há muito que falar sobre seu post.
Mas, já vou dizendo, adorei esse "hábito" de vide-greniers!
Beijos.
Dora

Alexandre Kovacs disse...

Objetos realmente fantásticos! Concordo com a Dora em que nós brasileiros, temos a mesma tendência consumista dos americanos. Uma pena, pois gostaria de ver feiras assim no Brasil.

Incrível a sua capacidade de publicar por aqui sempre assuntos surpreendentes e de extremo bom gosto.

http://saia-justa-georgia.blogspot.com/ disse...

Maria Augusta, quando cheguei aqui e vi uma feira dessa, quase morri, achei tudo muito velho. Com o tempo e aprendendo a cultura, já olhei com outros olhos. Embora nao temos o costume de visitar essas feiras, pois o esposo compraria tudo o que achasse pela frente, te digo que temos algumas coisas lindas em nossa casa como decoracao. Eu acredito que tudo depende do gosto que se tem e para quê se está comprando determinada coisa. Mas roupas, jamais.
No parágrafo do seu texto onde vocês colocou entre "(falei dela no ano passado aqui)" o "aqui" nao tem um link. Seria assim mesmo ou seria para abrí-lo?

Beijao

Maria Augusta disse...

Dora, pode conversar à vontade, é sempre um grande prazer. Verdade que nossos hábitos de consumo são mais parecidos com os americanos, do Novo Mundo, tudo novo, para "tocar" a economia. Mas devemos nos acalmar, porque os recursos da Terra estão acabando, embora se saiba que mudar hábitos não é fácil.
Visitar "sebos" é mesmo uma delícia, né?
Beijos.

Kovacs, obrigada pela visita, é verdade que na Europa eles tem o hábito de " fazer o novo a partir do velho", talvez porque os recursos são menos abundantes que nas Américas e porque já viveram muitas guerras.
Um abraço.

Georgia, tive a mesma reação que você quando as vi pela primeira vez. Também já comprei objetos de decoração, roupas nunca comprei nas brocantes mas já encomendei uma vez no E-bay, imagine que comprei um tailleur de frio por 5 euros, o transporte saíu mais caro que o produto (rs). Obrigada por ter avisado sobre o link, já corrigi.
Beijos.

http://saia-justa-georgia.blogspot.com/ disse...

Voltei para ver se vc tinha colocado o link, obrigada. Sabe o quê? Você postou sobre o mesmo assunto ou parecido quase um ano depois, de propósito ou foi por acaso? rs

Beijao

Ví Leardi disse...

Maria Augusta...sou apaixonada por feiras de antiguidades de todos os tipos...viajando sempre estou a procura das melhores...A de Santelmo em Buenos Aires...Rock a by Baby na California...Paris, bom difícil escolher...Em Londres agora estivémos em Camden a variedade impressiona...e aqui no Brasil temos a ótima feira da Benedito Calixto aos sábados e a do vão do Masp aos domingos...mas vendas como esta que vc mostra hoje feitas no jardim e com este astral...INFELIZMENTE não!
Famílias que se mudam vendem tudo mas tem outro clima...
Acho que as pessoas adoram comprar estes "brick a brack"...só as roupas acho mais difícil ...nem todos gostam de carregar (se acreditar nisto) a anergia de quem as usou...me deu vontade de estar aí comprando ou só olhando...lindo e ineteressante post ...como sempre


meus beijos...

sonia a. mascaro disse...

Ótimo post, Maria Augusta!
Eu já comprei algumas peças antigas em feiras de antiguidades em São Paulo e tenho vários pesos de papel de vidro transparente, muito lindos, encontrados nestas feiras. Livros e discos em sebos, já comprei vários que estavam fóra de edição. Aqui em São Paulo esse comércio já é tradicional e você encontra lojas de roupas de segunda mão em vários brechós. Roupas e adereços nunca comprei, pois eu acho muito íntimo e pessoal...
Gostei também de ver o slide show.
Beijos.

Lunna Guedes disse...

Olá caríssima, hummmm, adorei um baú que vi numa das fotos. Adoro coisas antigas e confesso, sempre compro coisas de segunda mão, ainda mais sendo estas antigas.
Foi algo que senti falta no Brasil, mas em São Paulo começou a ser algo comum também, pelo menos vi vários brechós para lá de interessantes no Bixiga e em outro bairro que não lembro o nome. Até fiz uma matéria para uma revista sobre isso (já faz algum tempo).
Eu tenho vários baús aqui em casa lá em SP também. Sou completamente apaixonada por baús.
Bacio en tuo cuore caríssima.

Anônimo disse...

Eu acho uma boa. E realmente aqui o povo não tem esse hábito, pensa-se como vc disse que é coisa de pobre. Com certeza eu compraria.
bjs

Maria Augusta disse...

Georgia, estes eventos anuais são como os aniversários, eles se sucedem e nem sempre se parecem. No ano passado chovia demais no dia desta brocante, nem pude tirar fotos, e fiz o post sobre como as descobri. Desta vez estava um sol lindo, tirei mil fotos e pensei mais no lado ambiental da reciclagem. É bom, assim cada vez podemos fazer um post diferente sobre o evento (rs).
Beijos.

Vi, neste teu comentário fizemos uma volta ao mundo das brocantes importantes... Aqui em Nancy temos uma feira de antigüidades todos os fins de semana no centro da cidade e vários vide-greniers pelos bairros durante todo o verão. Mas esta do Parque Sainte-Marie é única, tanto os expositores quanto os clientes vem de longe para vê-la, e ocorre uma vez por ano. Para quem gosta, é imperdível!
Beijos.

Sonia, que bom saber que no Brasil o pessoal já está olhando estas feiras com outros olhos e comprando nelas. Então você também gosta de objetos de vidro? Eu também tenho fascinação pela transparência.
Beijos.

Maria Augusta disse...

Lunna, lembro-me que minha avó tinha um baú maravilhoso, enorme, quando penso que na sua sucessão ninguém o queria...legal saber que eles ainda são apreciados.
Beijos.

Flavia, mas parece que aí também a mentalidade a este respeito está mudando...
Beijão.

Só- Poesias e outros itens disse...

Maria Augusta,
surpreendente o seu carinho e bom-gosto com as mensagens.
Adorei o tema sobre essas feiras, que eu sou fanática. E esta me deixou com água na bôca.

bjs.


JU Gioli

Anônimo disse...

Já frequentei muito. Cheguei até a comprar. Mas faz muito tempo que passo longe! Não posso ter a tentação de juntar mais coisas, se não tenho onde colocar as que já possuo... Um dia vou vender um pouco, para abrir espaço!

Abçs e parabéns pela postagem. Cuidada como sempre!

Anônimo disse...

Gosto muito de ir a feiras de antiguidades (o termo é um pouco diferente do utilizado no Brasil, não? Confesso que nunca tinha "ouvido" tal palavra "brocantes"...). Aqui em Portugal, e nomeadamente em Lisboa e na linha do Estoril, fazem-se regularmente este tipo de feiras. Normalmente procuro azulejos portugueses do séc.XVIII, para a minha pequena colecção, e peças em vidro, que adoro, como jarras e taças, de Murano dos anos 60/70, que têm formas lindíssimas.
Desconhecia que no Brasil as pessoas não têm muito interesse por este tipo de mercados de objectos antigos e usados!...Realmente são outros padrões culturais! Mas na diferença é que está o interesse!

Maria Augusta disse...

Ju, esta é muito especial mesmo para os fãs daqui do leste da França. Beijos.

Eduardo, você precisa vender as coisas que não precisa mais nas brocantes (rs). Aqui isto se faz muito, dizem que é divertido...
Um abraço.

Marialynce, no Brasil também se diz "feira de antigüidades", o termo "brocante" é usado aqui na França. Azulejos e vidros de Murano, que belas coleções você deve ter.
Segundo os outros comentários, no Brasil também estas feiras começam a ser apreciadas.
Obrigada pela visita e pelo link.
Beijos.