Mostrando postagens com marcador meio ambiente. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador meio ambiente. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 2 de março de 2009

Estrelas Cadentes?


Photobucket

Os objetos mostrados na imagem são uma visão artística baseada na densidade real dos detritos. No entanto, o tamanho deles em relação à Terra foi exagerado para torná-los visíveis na escala mostrada...

A humanidade está atenta aos problemas da poluição e buscando meios para combatê-la nas águas, nos solos, no ar...mas os noticiários recentes nos falando da colisão de 2 satélites no espaço chamam a atenção para um problema suplementar : o que fazer do lixo espacial que ameaça de cair sobre nossas cabeças? Será que o espaço também deve ser considerado e tratado como "meio ambiente"?

Pois o homem começou a enviar foguetes ao espaço há apenas 50 anos e milhões de detritos já se encontram na órbita terrestre. Eles são de várias origens tais como os satélites (comunicação, estudos científicos, defesa), as partes das navetes e foguetes que são liberadas no espaço, as explosões ou colisões entre os próprios satélites ou destes com meteoritos. Calcula-se que existem mais de 30000000 de detritos indo de 1mm a mais de 10 cm navegando a diferentes distâncias da Terra.

Photobucket

Cerca de 200 explosões e 5 colisões no espaço já ocorreram...elas são causadas principalmente pelas fontes de energia a bordo, ou devido a um aumento de pressão nos tanques propulsores, explosão de baterias ou à ignição dos combustíveis.Cada explosão gera milhares de pequenos detritos...

E quais são os riscos para a nossa segurança por ter esta lata de lixo sobre nossas cabeças? Primeiro, eles podem colidir com os satélites e causar avarias nas nossas comunicações, por exemplo. O observatório solar Hubble já foi tocado por estes detritos, o satélite francês Cerise colidiu com um estágio do foguete Ariane. O outro risco é que eles caiam sobre a Terra. Certamente que a reentrada na atmosfera destroi os menores, mas um detrito maior pode atravessar a atmosfera e causar danos consideráveis se cair numa região habitada. Logo, quando vemos uma chuva de estrelas cadentes, talvez não sejam meteoritos, mas sim o lixo espacial voltando ao remetente...

Photobucket

Os radares, telescópios e satélites seguem e repertoriam os detritos

Para vigiar estes detritos e conhecer exatamente sua posição os cientistas americanos, russos e europeus dispõem de telescópios e radares na terra, e detetores nos satélites em órbita, para seguir os de diâmetro inferior a 1 cm. Mas vigiar não é tudo, é necessário também impedir as colisões e os eventuais riscos de queda sobre a Terra.

Photobucket

Para evitar o risco de colisões os satélites GEO devem se deslocar para uma região que forma um anel geoestacionário a cerca de 300 km da Terra

Com este objetivo, para os satélites já fora de uso e que estão em órbitas baixas, um meio para retirá-los é a "desorbitação", provocar a reentrada na atmosfera de modo a que eles sejam destruidos no contato com esta. Para os geoestacionários, existe a possibilidade de colocá-los na órbita cemitério que se encontra a 300 Km da Terra. Mas o que acontecerá quando ela estiver saturada?

Photobucket

Uma das medidas para minimizar o numero de detritos no espaço é diminuir o numero de componentes "largados" no espaço pelos engenhos espaciais...os projetistas devem levar em conta que os componentes liberados devem continuar ligados ao engenho para não se tornar novos detritos

O ideal seria a eliminação dos detritos, principalmente os grandes. Algumas idéias para isto são :

- Uma nave "lata de lixo" com um braço mecânico, que recolheria os detritos e depois seria destruida ao reentrar na atmosfera. Mas a operação de colheita seria muito complicada e além disto custaria caro, pelo número de naves que seria necessário. Outras idéias são uma rede coletora lançado por um satélite, um laser exterminador e um cabo coletor. Este último é o mais promissor, um cabo transportado por um satélite que colheria os detritos e os lançaria contra a atmosfera onde ele seria desintegrado.

Enquanto isto não se resolve, a solução é diminuir o número de envios de engenhos para o espaço, o que tem sido recomendado a todos os paises. Mas será que alguém vai obedecer?

Este post faz parte da blogagem coletiva "Ecological Day" promovida pela Sonia do "Leituras" e pela Elma do "Caliandra do Cerrado" que ocorre no segundo dia de cada mês. Participe!

Photobucket

As imagens aqui apresentadas são da ESA (agência espacial européia).


segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Beleza trazendo Pureza

O ar no interior de nossas casas é frequentemente tão poluido quanto o ar exterior.

Compostos orgânicos voláteis, perfumes, pinturas, ar condicionado são fontes de poluentes, com moléculas químicas que se apresentam sob a forma de vapores ou gases.

Os principais compostos orgânicos voláteis poluentes são :

  • Os solventes, provenientes de pinturas, vernizes, colas, sendo que os mais comuns são o tolueno, o xileno e o tricloroetileno.
  • O benzeno, contido nas pinturas, tintas, matérias plasticas, detergentes, fumaça de cigarro e outros produtos constituindo a mobília. Ele foi reconhecido como cancerígeno.
  • O tolueno, também cancerígeno pode ser encontrado nas pinturas, vernizes, tintas, colas, carpetes, tapetes e vapores de essências.
  • O estireno aparece nas matérias plásticas, nos materiais isolantes e na fumaça de cigarro.
  • O xileno e o tricloroetileno aparecem em certos solventes e pinturas; o xileno se encontra em vários inseticidas e o tricloroetileno nos desengordurantes para metais, nas espumas e nos tecidos dos móveis.
  • O tetracloroetileno está presente nos tapetes e carpetes.
  • Os éteres de glicol podem ser encontrados nas pinturas, cosméticos, produtos de tratamento da madeira, herbicidas e fungicidas.
  • O formaldeido se encontra nos painéis dos aglomerados de madeira, na cola do carpete, nas resinas, na lã de vidro, na fumaça de cigarro, nos cosméticos...

Estes são alguns dos poluentes de interior, e pode-se acrescentar os males causados pelas radiações eletromagnéticas, devidas ao forno a microondas, wifi, etc.

Uma solução para combater esta poluição interna é ventilar os cômodos da casa, lutar contra a umidade, limitar o uso de produtos químicos na limpeza...

Mas os cientistas também tem estudado com resultados positivos o uso de plantas de interior para o combate a este tipo de poluição. Estas tem efeito benéfico sob vários pontos de vista : respirando, pois no processo da fotossíntese transformam gas carbônico em oxigênio ; transpirando, pois neste processo aumentam a higrometria, o que melhora a qualidade do ar; e finalmente despoluindo, pois suas folhas, raizes e microorganismos contidos na terra captam os poluentes do ar de pequeno peso molecular.

A eficiência das plantas para despoluir varia de uma planta a outra, veja alguns exemplos de utilização de plantas com esta finalidade no diaporama abaixo (use as flechas para “virar as páginas”).

Este post faz parte da blogagem coletiva "Ecological Day" promovida pela Elma do "Caliandra do Cerrado" que ocorre no segundo dia de cada mês. Participe!

Photobucket

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

O Envelope de Cores

Photobucket

As cascas das árvores revestem o tronco, os ramos, as raízes... Permitem a identificação de uma árvore, e apresentam uma grande diversidade. Elas dependem da situação geográfica do vegetal, de sua idade ou ainda de sua exposição em relação ao sol.

A casca de uma árvore possui uma camada interna e uma camada externa. Esta última, chamada rhyidone, é constituída por tecidos mortos, enquanto a casca interna, viva, é chamada liber.

No mundo, várias culturas usaram e usam ainda as cascas para finalidades múltiplas. O ocotillo (espécie de cacto) é por exemplo utilizado pelos índios por suas virtudes medicinais, enquanto a araucária de Cunningham era antigamente usada também pelos índios como cimento. A casca do caneleiro é usada como tempero e de um tipo de carvalho (cortiça) serve como rolha ou isolante térmico. A aspirina, quanto a ela, é originária da casca do salgueiro.

Mas você conhecia a beleza encerrada na casca das árvores? Pois folheie o diaporama abaixo e descubra!






Este post faz parte da blogagem coletiva "Ecological Day" promovida pela Sonia do "Leaves of Grass" que ocorre no segundo dia de cada mês. Participe!


Photobucket



Fotos do diaporama : Cédric Pollet

Para ver mais :
Cascas de Árvores

Site Cyberartes




Alto da Página

domingo, 2 de novembro de 2008

O Ouro Azul

Photobucket

A água está se tornando cada vez mais escassa e se prevê para daqui a 20 anos uma crise na relação entre sua disponibilidade e as necessidades da humanidade. E como ela é um recurso absolutamente indispensável para a vida na Terra, ela está se tornando um produto estratégico, dizem até que deve ser criado um cartel da água como existe a OPEP para o petróleo e que esta será cotada nas Bolsas de Valores. Parece um cenário catastrófico em um filme de ficção? Não é não, neste post tentei recensear alguns dos malabarismos que alguns países já fazem para ter acesso ao "ouro azul", como ela é chamada.


Photobucket

É verdade que a Terra é constituída principalmente de água. O problema é que da água existente sobre a Terra, 97,5% é salgada e dos 2,5% restantes, uma boa parte é inacessível sob a forma de geleiras e lençois freáticos muito profundos, e somente 1% é disponível para o consumo, que é a água dos rios e das fontes, que é renovada com a chuva e com a neve...E no final, se falarmos de agua potável, ela se constitui em apenas 0,0001% da água existente sobre o planeta.

Photobucket

Logo realmente ela vale ouro! Pois ela não é distribuída igualmente pelo mundo. Os países que não a possuem em quantidade suficiente tentam por todos os meios obtê-la e os que a possuem em abundância procuram "vendê-la", em troca de vantagens econômicas ou políticas. Na Austrália, por exemplo, onde as vazões dos rios são altamente irregulares (variando com um fator de 1/4700) de um ano a outro), a paisagem é semeada de barragens e reservatórios, para capturar o precioso líquido e guardá-lo para a época das vacas magras. Em Singapura, a penúria obriga o país a comprar uma parte de sua água na Tailândia...imagine o que acontecerá se um dia este país fecha as torneiras ou se cobra muito caro! Nos países do Saara (Argélia, Tunisia, Libia), eles vão procurar a agua no lenço freático profundo por meio de perfurações e este está se esgotando, pois a retirada é superior à sua capacidade de renovação. Em regiões do Chile e do Equador, eles recuperam água até da neblina...na Arábia Saudita, Israel e outros países eles retiram o sal da água do mar, em processos que consomem enormemente de energia. Aliás, Israel e os outros países do "triângulo da sede" (Israel, Palestina e Jordânia), que estão em conflito no plano político são obrigadas a cooperar no dominio hídrico, dividindo as águas do rio Jordão, que abastece a todos.

Photobucket


Estes exemplos mostram que as necessidades de água tem respostas diferentes para cada país, mas que elas estão presentes em todos. Logo os países que dispõem dela em abundância devem respeitá-la e guardá-la como o tesouro que ela é...e fazer disto uma alavanca para seu progresso e desenvolvimento.

E como esta coletiva é voltada para a ecologia, o diaporama mostra como funcionam alguns dos meios que foram encontrados para paliar a falta de água e utilizá-la do modo mais econômico possível.







Este post faz parte da blogagem coletiva "Ecological Day" promovida pela Sonia do "Leaves of Grass" que ocorre no segundo dia de cada mês. Participe!



Photobucket


Fontes :

*O diaporama é baseado no artigo "Pas question d'en perdre une goutte" da autoria de Sylvie Rouat para a revista "Challenges".
Extratos do livro "L'Avenir de L'eau" de Erik Orsenna publicados na revista "Challenges" .
Artigo "La guerre de l'eau n'aura pas lieu" de Eliyahou Rosenthal publicado
aqui.


Alto da Página

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Circulando Verde...

Photobucket

Pinturas da mesma paisagem de Jörg Müller feitas com 3 anos de diferença em relação à precedente mostrando a evolução em função da utilização dos carros.
(clique para ampliar)

Todos os habitantes das grandes cidades conhecem os problemas trazidos pelo tráfego intenso dos automóveis, como a poluição e o barulho, tão nefastos para a saúde, sem falar nos problemas ligados ao aquecimento do planeta com as emanações dos gases que contribuem para o efeito estufa. No entanto se sabe que 40% das emissões de CO2 são devidas ao setor do transporte principalmente à utilização do carro nas grandes cidades.

Paradoxalmente, o número de carros não pára de aumentar, e diga-se de passagem, é difícil imaginar que poderíamos nos passar deles. Para isto seria necessário uma profunda mudança de mentalidade, a criação de novos hábitos, o que é improvável que possa ser feito a curto prazo, é necessário muito tempo para conscientizar a população e educar principalmente as novas gerações em relação à necessidade desta mudança de comportamento.

E como o problema é urgente, a solução imediata é propor mudanças progressivas, como por exemplo novos combustíveis para os carros e ao mesmo tempo adotar medidas para incentivar o transporte coletivo, o uso de bicicletas e outros híbridos entre veículos motorizados e a propulsão humana. Vejam alguns exemplos no diaporama abaixo (utilize as setas para ver as outras páginas) que foram mostrados durante o mês de setembro na "Semana da Mobilidade".









Este post faz parte da blogagem coletiva "Ecological Day" promovida pela Sonia do "Leaves of Grass" que ocorre no segundo dia de cada mês. Participe!


Photobucket



Alto da Página

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

A Civilização Perdida da Amazônia

Photobucket

Durante esta semana recebi no noticiário da FAPESP duas notícias sobre a Amazônia que me chamaram a atenção. A primeira dizia "Cai desmatamento na Amazônia"! A primeira vista é animador, mas lendo o artigo constata-se que o desmatamento de 323 km2 do mês de julho é inferior aos 870 km2 do mês anterior...ainda estamos longe do "desmatamento zero"! A segunda notícia intitulada "Amazônia antiga e urbana", eu a achei surpreendente...

Photobucket

Aldeia atual dos índios Kuikuro no Alto Xingu

Ela relatava que equipes de cientistas brasileiros e americanos, com a ajuda dos índios Kuikuri do Alto Xingu, encontraram evidências de que a Amazônia já foi habitada por populações sedentárias que se organizaram em assentamentos de até 5000 pessoas, com represas e lagos artificiais para criar peixes (os atualmente analisados teriam sido formados entre 1250 e 1650). Esta(1) e outras fontes (2,3,4) relatam que estes povos produziram cerâmicas, abriram clareiras na floresta para praticar a agricultura e gerenciaram a floresta de modo a otimizar o equilíbrio entre área plantada, clareiras abertas e mata natural. Logo, afirmam eles, até 10% da floresta amazônica não seria tão virgem assim, mas teria sido manipulada por estes índios pré-colombianos. E que os Kuikuros seriam os descendentes diretos destes povos.

Photobucket

Reconstrução da aldeia da civilização pré-colombiana no Alto Xingu

Estes teriam construídos redes de cidades e vilarejos interconectados por estradas bem projetadas, algumas com 45 m de largura, com uma praça central onde eram conduzidos rituais. Como não dispunham de pedras para construiur como os incas, maias ou os astecas, eles usaram a madeira, a argila, ossos de animais e outros materiais que se degradam facilmente com o calor e a umidade, o que explicaria os poucos vestígios encontrados de sua existência. Eles não praticavam a monocultura, mas plantavam de forma diversificada.

Os vestígios destes povos pré-colombianos na região amazônica são encontrados desde a Bolívia e entram pelo território brasileiro. Escavações realizadas na Ilha de Marajó demonstraram que nela viveu uma comunidade de aproximadamente 100000 pessoas...que deixaram como marca de sua passagem simplesmente alguns cacos de cerâmica...e a floresta intacta e ainda mais luxuriante que em outros lugares, contrariamente ao que acontece quando existem aglomerações humanas. Como isto seria possível? A explicação está na "terra preta dos índios".

Photobucket

Solo comum (esquerda) e solo de terra preta (direita) (5)

Este tipo de terra, que contrariamente ao solo pobre do resto da Amazônia, é muito fértil, ocorre em pequenas "glebas" em lugares onde existem evidências de passagem humana, e se concluíu que ela é de origem antropogênica (criada pelos humanos). Acredita-se que ela tenha sido preparada por estes habitantes pré-colombianos da Amazônia, misturando carvão e ossos de animais para formar um híbrido altamente fértil, o que teria permitido a prática da agricultura na região amazônica. O grande interesse destas pesquisas é sem dúvida entender para tentar reproduzir a forma de interação destes povos com a floresta, na qual viviam sem degradá-la, o que se constitui em um grande passo na direção da sustentabilidade.

Photobucket

Distribuição atual da terra preta legada pelos indios pré-colombianos

A grande pergunta é : "O que aconteceu com estes povos?" Pois como eles viviam principalmente ao longo dos rios, por onde chegaram os europeus, foram em grande parte dizimados pelas doenças trazidas por estes. Calcula-se que 90% da população amazônica desapareceu nos primeiros anos que seguiram o contato com os europeus.

Achei tudo isto muito rico de lições. Em primeiro lugar, se isto for verdade, significa que os seres humanos podem interagir com o meio ambiente sem devastá-lo e mesmo o enriquecendo. Em segundo lugar, fica uma questão "transcendental" : medimos o avanço de uma civilização pelos monumentos, objetos, escritos que elas nos deixaram...mas isto não estaria em conflito com o conceito de "pegada ecológica" pois estas realizações foram feitas às custas da transformação da natureza? Para o planeta Terra, não seria mais interessante estes povos que passaram e o deixaram a natureza como ela é? A civilização seria incompatível com a ecologia?



Este post faz parte da blogagem coletiva comemorativa do "Dia da Amazônia", organizada pelo "Faça a Sua Parte". Para se inscrever e visitar os outros participantes, clique na imagem abaixo :


Faça a sua parte




Fontes :

(1) Amazônia antiga e urbana
(2) Pre-Colombian Amazon tribes lived in susteinable "garden cities"
(3) Um modelo de ocupação sustentável da Amazônia
(4) Pre-Colombian Amazon supported millions of people
(5) The Black Earth of Amazon



terça-feira, 2 de setembro de 2008

O Santuário da Natureza

Photobucket

Você já imaginou se a natureza fosse deixada entregue a ela mesma, sem intervenção da espécie humana, o que aconteceria? Seria um inferno ou um paraíso e para quem? Pois este lugar existe e se chama Aldabra, um atol que pertence às ilhas Seychelles, situado no Oceano Índico ao leste da Tanzânia e ao norte de Madagascar, onde a implantação do homem não foi possível devido à ausência de água doce, e sua ação é quasiment inexistente sobre o ecossistema do atol.

Photobucket

O primeiro documento que fala deste arquipélago é português e data de 1511, em seguida ele foi citado por Darwin que solicitava sua proteção e Jean-Jacques Cousteau, que nele filmou "O Mundo do Silêncio". Segundo os cientistas, este atol imergiu das profundezas do oceano há 125000 anos e permaneceu praticamente isolado, evoluindo um ecossistema próprio, dinâmico e em equilíbrio, com sua laguna que se preenche e se esvazia segundo a maré, seus canais que a ligam ao mar, o recife em anel com seus corais e sua vegetação característica dos manguezais.

Photobucket

Neste ecossistema onde não existiam os predadores mamíferos (o único mamífero endêmico é o morcego), é o reino dos répteis, principalmente das tartarugas. Estas, tanto as espécies terrestres onde se destaca a tartaruga gigante com mais de 100000 exemplares, quanto as marinhas, que fazem uma parada no atol para se reproduzirem. No entanto, a introdução de cabras, ratos e gatos no século XIX, apesar de que depois foram retirados, chegou a afetar o equilíbrio das espécies nativas, pois as cabras comiam a vegetação rasteira que era o alimento das tartarugas.

Photobucket

Quanto aos pássaros, Aldabra é um local importante de reprodução para as fragatas, que com suas grandes asas de até 2 metros de envergadura fazem acrobacias aéreas no céu do arquipélago. As garças, assim como os atobás também povoam o atol, assim como as "frangas d'água", que perderam a capacidade de voar durante seu ciclo de evolução.

Photobucket

Em relação aos peixes, estas águas são um verdadeiro refúgio para os tubarões, que estão em extinção no mundo inteiro, mas aí eles encontram um refúgio seguro. Entre as espécies presentes, destaca-se o tubarão de pontas negras, que se alimenta de peixes.

Photobucket

Existem também mais de 1000 espécies de insetos, dos quais 38% são endêmicos, as borboletas e mariposas se constituindo em 125 destas espécies. Os caranguejos, os morcegos, moluscos , também encontraram em Aldabra condições propícias para seu desenvolvimento.

Photobucket

Para proteger este paraíso, que é considerado reserva especial pela UNESCO, criou-se uma fundação, que luta para garantir a preservação do isolamento da ilha e vai estudá-la para verificar este sistema único no mundo se comporta. O turismo no atol é altamente regulamentado e caríssimo, não existem hotéis nem campos de pouso em Aldabra.


Atualmente está ocorrendo uma grande exposição em Paris no Museu de História Natural sobre este arquipélago. Eu me pergunto se esta exposição e mesmo a fundação que deseja protegê-lo e fala a respeito para angariar fundos com esta finalidade, não provocariam um efeito contrário ao desejado, atraindo para lá as pessoas desejosas de conhecer (ou de alguma forma explorar esta biodiversidade) e rompendo assim o frágil equilíbrio estabelecido pela natureza durante milênios...



Photobucket

Este post faz parte da blogagem coletiva "Ecological Day" promovida pela Sonia do "Leaves of Grass" que ocorre no segundo dia de cada mês. Participe!

Fonte das fotos : Fundação Aldabra

Para saber mais :

Site da Fundação Aldabra
Site do Muséum National d'Histoire Naturelle
Site Terra Nova



Alto da Página

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

As Flores do Éden



Estas pequenas flores brancas que são minha contribuição para o Today's Flowers desabrocham no paraíso...é verdade, trata-se de um lugar onde a natureza é entregue a ela mesma, sem a intervenção dos seres humanos, formando um santuário único no mundo onde os pássaros, os répteis e os peixes cohabitam em harmonia ...quer saber onde é? Volte amanhã, para ver o post do "Ecological Day"!

These little white flowers bloom in a paradise...that's true, it's a place where nature left to herself , without human participation, has created a sanctuary unique in the world, where birds, reptiles and fishes live together in perfect harmony...would you like to know where is this paradise? Come back tomorrow, to see my "Ecological Day's" post.



Alto da Página

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Os Últimos Homens Livres?

Photobucket

Este post faz parte da blogagem coletiva em comemoração do "Dia de Proteção às Florestas" promovida pelo "Faça a Sua Parte".

Falar sobre a preservação da floresta parece um assunto simples : todos estão de acordo que ela deve ser preservada e que disto depende o futuro da vida no planeta. No entanto sabemos que ela continua a ser dizimada por uma série de razões, e confesso que não tenho competência para escrever a respeito, pois não não consigo entender todas as facetas desta situação complexa que leva à esta destruição, principalmente da floresta amazônica.

PhotobucketPorisso vou falar sobre um programa sobre a floresta amazônica que vi há algumas semanas na televisão francesa, que fez um sucesso enorme por aqui. Ele tocou no assunto do desmatamento, suas causas (segundo eles, uma das principais é o plantio de soja para alimentar o gado) e conseqüências, apresentou uma parte espetacular na qual o apresentador nadava ao do lado de uma jibóia e de um golfinho cor de rosa . Mas o ponto alto foi sem dúvida a visita aos índios Zo'é, que eles chamaram de "Os últimos homens livres", que se constituem em uma das últimas tribos "intactas", ainda não "contaminadas" pelo homem branco. E é sobre este aspecto que vou abordar a preservação da floresta, o tipo de interação que os povos indígenas mantem com ela e as lições que eles nos dariam a este respeito.

PhotobucketEstima-se que em 1500, na época da descoberta do Brasil, existiam de 2 a 4 milhões de índios. Atualmente, segundo os dados da Funai eles seriam em torno de 340000 distribuídos em milhares de aldeias, em 600 terras indígenas, situadas de norte a sul do país. A constituição de 1988 garante a eles o direito à terra na qual vivem, das quais aproximadamente 70% estaria demarcada (dados daqui).

PhotobucketOs Zo'é habitam uma faixa de terra firme, cortada por pequenos igarapés afluentes de dois grandes rios, o Cuminapanema e o Erepecuru, no município de Oriximiná, norte do Pará. Trata-se de uma região montanhosa de grandes castanhais, que apresenta maximização dos recursos de subsistência. Além da mandioca, que corresponde a cerca de 90% da área plantada da roça, a castanha-do-pará é o produto mais consumido pelos índios, que utilizam também a casca e a entrecasca para confeccionar a maioria de seus artefatos. O território ocupado pelos índios é entrecortado por pequenos igarapés, onde realizam pescarias com timbó. A relativa escassez de recursos faunísticos nessa zona de ocupação resulta do longo tempo de permanência das aldeias e, portanto, do esgotamento da caça (texto daqui).

Photobucket"Devido às difíceis condições de acesso e à inexistência de programas estaduais ou federais de desenvolvimento na região norte do Pará, a área continua relativamente preservada; no entanto, pequenos grupos garimpeiros se implantaram nas margens dos rios que limitam a área: Erepecuru (onde existem várias pistas de pouso) e Curuá. Até o momento, a Área Indígena Cuminapanema/Urukuriana continua apenas "interditada". Uma situação jurídica precária: sua "identificação" começou em 1997, dando-se início ao longo processo de reconhecimento fundiário que garantirá aos Zo'é exclusividade na ocupação e exploração de suas terras." (texto daqui)

PhotobucketNeste programa de televisão o que chocava era o contraste cultural : diante do "homem civilizado" que chegava de avião os índios que vivem na Idade da Pedra (no sentido literal e não no pejorativo). Polígamos e poliandros, nus (para os nossos padrões, para eles estavam bem vestidos pois portavam seus adereços), sem chefes nem feiticeiros, vivendo sem noção de propriedade, a terra é um bem coletivo, e deve ser usada para a caça, a pesca, a coleta e a agricultura, retirando da floresta somente o necessário para sua sobrevivência. Neste confronto podia se avaliar o caminho que percorreu a humanidade nestes milênios, mas em que direção? O comentário do apresentador,(e dos expectadores que viram o programa e deixaram seus comentários no site da emissora), comparando aquela aldeia indígena ao paraíso, fornece uma pista no sentido de se refletir sobre se tomamos o caminho certo. Claro que são divagações, ninguém deseja voltar à Idade da Pedra, mas em relação ao desenvolvimento sustentável talvez pudéssemos aprender muito observando a relação deles com a floresta.

PhotobucketMas a grande questão é se estes índios devem ser conservados em isolamento, o que é a política atual da FUNAI ou se deve possibilitar um contato entre eles, os outros índios e a civilização? Parece que a aproximação que houve entre eles e um grupo de missionários (que queria catequizá-los e obrigá-los a se vestir...) foi desastroso, houve muitas mortes pois eles contrairam a malária e mesmo gripes, que é fatal para quem não tem imunidade. E eles, agora que "comeram o fruto proibido", entrando em contacto com o "homem branco", sera que não vão querer se aproximar deste outro mundo, perdendo assim sua cultura? Este é um dos aspectos do imenso e vital puzzle que envolve a floresta amazônica.

Pois preservar a floresta passa pela preservação de sua flora, de sua fauna, e de seus habitantes, que dependem exclusivamente dela para sobreviver. E o Brasil deve adotar uma política de firmeza em relação à Amazônia, pois a comunidade internacional está atenta a ela e suas riquezas, e acho que não é apenas porque ela é o pulmão do mundo...






Vídeos com trechos do programa da televisão francesa :


Cap sur l'Amazonie, les derniers hommes libres
Cap sur l'Amazonie, rencontre avec un anaconda
Cap sur l'Amazonie, danse avec un dauphin rose
Cap sur Amazonie, à la découverte de la faune




Alto da Página

terça-feira, 1 de julho de 2008

Colecionando ou Reciclando...

Photobucket

Sempre achei que comprar em brocantes ou vide-greniers (esvazia-celeiros) era coisa de pão duro ou então para quando precisávamos fazer economias, pois no Brasil não temos o hábito de utilizar objetos de segunda mão, contrariamente à Europa, onde em um site como E-bay se vende de tudo, de sapatos usados a automóveis. Mas nestes tempos bicudos, onde o consumo e a produção desenfreados são apontados como os vilões do problema climático, a reciclagem de objetos adquire uma dimensão suplementar, a de contribuir para a defesa do meio ambiente.


Photobucket

Esta brocante anual onde estive ontem (falei dela no ano passado aqui) no Parque Sainte-Marie em Nancy, tem um caráter duplo, a da venda de objetos usados banais que os proprietários não querem mais e também o de venda de antigüidades, cujo público são principalmente os colecionadores. Vejam alguns objetos expostos e me digam o que acham. Seriam para colecionar ou reciclar?



E você, compraria livros, discos, roupas, louça, móveis, de segunda mão? Será que no Brasil esta moda pegaria?


Alto da Página



quinta-feira, 5 de junho de 2008

Bleu, blanc, rouge...et vert?

Photobucket


Há alguns meses falei sobre o Grenelle do Meio Ambiente aqui neste blog. Trata-se um conjunto de resoluções que foram resultado de uma "mesa redonda" entre a população, os políticos, os sindicatos, as empresas e as associações de ecologistas. Nele, todos as áreas da atividade humana foram estudadas e propostas foram apresentadas para diminuir o impacto das ações em cada uma delas sobre o meio ambiente. Na ocasião, fiz esta animação baixo para ilustrar as principais conclusões e as medidas propostas, que podem ser vistas aqui.


E após vários meses, onde estamos? Será que o pacote de medidas já foi aprovado pela Assembléia e pelo Senado e já entrou em vigor? A França estará pronta para mostrar ao mundo o caminho da salvação do nosso planeta? Hum, por enquanto não é bem assim...Em primeiro lugar foram votadas as diretrizes referentes aos transgênicos. A conclusão do Grenelle propunha a suspensão de toda plantação contendo transgênicos até que as pesquisas em curso fornecessem um laudo definitivo sobre sua periculosidade para o ser humano. Depois de muitas idas e vindas, finalmente a lei adotada permite "plantações com e sem transgênicos". Este resultado foi considerado uma derrota para os ecologistas e um duro golpe dado ao Grenelle do Meio Ambiente.

E o resto das medidas acima? Bom, elas forma organizadas em 47 artigos pelo Ministro do Meio Ambiente dia 30 de abril último, para ser enviada para votação à Assembléia e ao Senado. Trata-se do pacote Grenelle I, que estabelece as condições da realização das propostas do Grenelle. Os meios para o financiamento do pacote fariam parte de dois outros pacotes, o Grenelle II e III, que devem ser votados ates do final do ano. O que aconteceu? A adoção do Grenelle I foi adiada para o outono, pois o calendário parlamentar está muito carregado durante estes meses, pelo menos esta é a desculpa oficial. Oficiosamente acredita-se que o governo ainda está procurando meios para financiar as propostas do Grenelle, antes de permitir a votação. Por enquanto, resta a expectativa...



E independentemente do Grenelle, o que tem sido feito por aqui em busca de um comportamento mais respeituoso em relação ao meio ambiente? Deve-se dizer que não sei se é devido à evolução da mentalidade ou por efeito de moda, mas em todos os domínios temos visto iniciativas neste sentido :

Photobucket

Desenvolvimento de "bairros ecológicos", nos quais a concepção inclui :

- um baixo consumo de energia, sendo que esta viria principalmente de fontes renováveis
- a recuperação das águas da chuva, a permeabilização do solo e o tratamento das águas usadas
- a mobilidade sustentável, com transportes em comum, incentivo à carona, ciclovias
- a vegetalização dos espaço público (com plantas nos tetos, nas fachadas) e a introdução de parcelas de vegetação selvagem
- a mistura das funções, atividade econômica e residências, visando reduzir a necessidade de transporte
- a mistura de gerações e de classes sociais
- a discussão e participação dos habitantes nestes projetos.

Cerca de 20 bairros deste tipo estão previstos para breve na França. Você pode estar pensando "não moro na França, logo isto não me diz respeito". Mas não é bem assim, estamos todos no mesmo barco chamado Terra, e algumas destas medidas você pode sugerir aos vereadores aí na tua cidade, não?


Photobucket

Meios de Transporte "Insólitos", respondendo à necessidade de diminuir a circulação de automóveis nas cidades.

O primeiro é o cyclobulle (ciclobolha), um triciclo elétrico que funciona como táxi transportando o motorista e mais dois passageiros, e que foi lançado em Paris. O serviço é alugado para corridas tanto turísticas quanto para fazer compras ou outros deslocamentos corriqueiros.

Devido ao seu tamanho, ele pode alcançar lugares que os veículos tradicionais não alcançam. Os "taxis" triciclos motorizados também podem ser vistos em outras cidades, como Strasbourg, onde se chamam Eco'pouss.

Um outro meio de transporte é o "segway" (foto da direita) que também é elétrico e gasta ~1 kW/40 Km, que se apresenta sob várias formas e tem a vantagem de ser silencioso. A cidade de Lille, por exemplo, oferece um serviço de aluguel destes veículos para permitir aos turistas de visitar a cidade.


Photobucket


Trata-se de um novo modo de plantar e de consumir legumes, verduras e frutas bio : um grupo de agricultores que tem o compromisso de produzir legumes, verduras e frutas utilizando meios naturais e sem agrotóxicos coloca à disposição de grupos de consumidores seus produtos por meio de "assinaturas". Isto é, o consumidor se compromete a pagar um "carnê" mensalmente e recebe regularmente em casa uma cesta com os produtos do momento diretamente do produtor. Por exemplo, cada membro de um grupo de 60 a 70 famílias recebe uma vez por semana de 5 a 7 quilos de produtos frescos variados, custando de 12 a 20 euros.

A vantagem para o consumidor é que tudo é feito com transparência, ele pode ir visitar a plantação (em geral são próximas das cidades) e mesmo participar dela se desejar. E para o produtor a vantagem é poder prever suas vendas e ter assim tranquilidade para poder investir na qualidade dos produtos.

A fórmula está fazendo sucesso...e não é difícil de colocar em prática, né?

Fonte : L'Est Républicain (version Femina) 01/06/2008
Associação : Amap

Este post faz parte da blogagem coletiva em homenagem ao "Dia do Meio Ambiente", organizada pelo "Faça a Sua Parte".








Alto da Página

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Debatendo pelo Futuro

Photobucket

Amigos, dia 5 de junho é o Dia do Meio Ambiente. Para comemorá-lo o "Faça a Sua Parte" está organizando uma blogagem coletiva para a data. Mas não é tudo, precisamos de uma reflexão profunda sobre a realidade atual em termos de nossa relação com o planeta e sobre as mudanças urgentes que devem ser realizadas para não comprometermos a sobrevivência dele e das gerações futuras. Isto será realizado através dos "Debates Ambientais do Faça a Sua Parte", que se estenderão de 23 de março a 14 de junho e para os quais todos estão convidados a participar. Vejam o edital escrito pelo Afonso :


"Não dá para ficar parado. Você vai ficar?

Enquanto nós ficamos parados, outros planejam, sorrateiramente como sempre fazem, mais uma onda de destruição das nossas florestas. Está em votação o Projeto de Lei 6424/2005, de autoria do Deputado Flexa Ribeiro (PSDB-PA) que autoriza um dos maiores crimes ambientais a ser cometido na história do Brasil.

Você vai ficar parado?

Enquanto nós ficamos parados, outros colocam no mercado produtos contendo transgênicos sem aviso no rótulo, em total desacordo com as leis. Ferem mortalmente nosso direito a um consumo consciente.Você vai ficar parado?Enquanto nós ficamos parados, outros tantos sequer aceitam que o aquecimento global é uma realidade. Alegam que os estudos não são conclusivos, que "não é bem assim", e seguem, em prol do crescimento das suas economias, produzindo GEE. Afinal, o que vale é o "aqui e agora". O futuro que se dane!

Você vai ficar parado?

Quer mais exemplos? Crescimento populacional descontrolado? Roubo da nossa flora e fauna? Há uma lista interminável de exemplos...Nós, do Faça a sua parte, não ficaremos parados. E queremos que você se mexa. Que mexa os dedos e participe da 1º edição da série "Debates Ambientais do Faça a sua parte". Todo ano, no período de 22 de maio a 14 de junho, o Faça a sua parte promoverá debates sobre as questões do meio ambiente. E, no dia 5 de junho, acontece a blogagem coletiva para comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente.

Uma blogagem coletiva inédita. Serão duas semanas para preparar, com debates, a blogagem coletiva para comemorar o Dia do Meio Ambiente. Participe com seus comentários ou posts em seu blog sobre algum dos temas propostos. Debata, converse, troque idéias. Participe.

Mas lembre-se: no dia 5 de junho não deixe de participar da blogagem coletiva do Dia Mundial do Meio Ambiente. Mas não pára por aí. Do dia 6 até o dia 14 continuaremos debatendo, agora com as diversas contribuições realizadas no dia 5.

Veja a programação para 2008:

MAIO22 e 23: Biodiversidade: sem flora e sem fauna?

24 e 25: Cerrados: bioma ou necroma?

26 e 27: Florestas, até quando haverá uma?

28 e 29: Educação Ambiental: a quem educar?

30 e 31: Aquecimento Global: mito ou realidade?

JUNHO

01 e 02: De quem é a culpa: do Legislativo, do Executivo, ou nossa?

03 e 04: Meio Ambiente Humano: somos parte da natureza?

05 e 06: Blogagem coletiva sobre o Dia Mundial do Meio Ambiente

07 e 08: Mar: Origem da vida?

09 a 12: Tecnologia e Meio Ambiente: há futuro na ciência?

13 e 14: Consumo sustentável: o que e como fazer?

Participe conosco. Traga suas idéias e conhecimentos. Faça a sua parte ou...

Você vai ficar parado??? "


Também no domínio do meio ambiente, o Jorge do "Faça a Sua Parte" nos trouxe a possibilidade de participar de uma ação para a criação de um santuário de baleias. Leia o texto dele e assine a carta de petição, estes animais tão inteligentes merecem ser preservados :


"Para que as cenas chocantes desse pequeno
vídeo não aconteçam mais nos oceanos do planeta, é preciso manter a moratória à caça comercial de baleias, instituída em 1987 na Comissão Internacional de Baleias (CIB) e criar santuários de baleias, como os já existentes no Oceano Índico (criado em 1970) e na Antártica (1994). Esses santuários protegem diversas espécies que estão ameaçadas de extinção, como as jubartes, segundo a lista da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas (CITES).

Muita gente pergunta por que temos que proteger as baleias, pra que elas servem, que mal tem caçá-las? Basicamente, as baleias são ícones da biodiversidade dos oceanos, são seres vivos mágicos, com complexa organização social e não fazem parte da cadeia alimentar humana - com exceção de povos tradicionais como os esquimós e alguns vilarejos mais afastados no Japão, Islândia e quetais. Mais interessante apostar no turismo de observação, atividade que vem crescendo e já movimenta mais de US$ 1 bilhão por ano no mundo.

Em 1998, o Brasil propôs na CIB a criação do Santuário do Atlântico Sul, mas nunca se empenhou de verdade por sua criação. Por outro lado, países baleeiros como Japão e Noruega fazem lobby pesado para evitar a criação de santuários e derrubar a moratória à caça comercial. Agora em junho, haverá uma decisiva reunião da CIB em Santiago do Chile. O santuário do Atlântico Sul pode enfim sair do papel, mas para isso o Brasil tem que jogar todo seu peso político nesse sentido.

É para tal que o Greenpeace está com uma campanha online para o envio de uma carta pedindo que o presidente Lula convide outros países em desenvolvimento a apoiarem a idéia durante a reunião da CIB. O objetivo é chegar a 10 mil cartas. Até o momento, já foram enviadas 3.500 - e a data limite é 26 de maio, uma semana antes da reunião no Chile.

Peço 10 minutos do seu tempo para assinar a carta. É só clicar aqui, preencher o pequeno formulário e pronto.
Quem tiver blog e quiser ajudar, participe da blogagem coletiva que o
blog Meu Veneno está articulando. A blogagem já tem até selinho de divulgação, esse aí debaixo. Bela iniciativa!


Continue reading Desencalhando um santuário de baleias."



Alto da Página

terça-feira, 22 de abril de 2008

Em Busca do Paraíso Perdido



Nosso planeta é uma pedrinha no espaço girando em torno da estrela chamada Sol em um dos braços espiralados da galáxia chamada Via Láctea...um viajante espacial certamente nem prestaria atenção, a menos que ele estivesse procurando pela beleza... neste caso ele diria

- Que belo planeta azul, acho que enfim encontramos o paraíso!

Se aproximando, ele veria as montanhas e os vales, as calotas polares, os rios e as florestas e pensaria certamente :

- A natureza foi generosa com este lugar, seus habitantes devem ser muito felizes.

Manobrando para aterrissar ele já veria as nuvens de pássaros, e com seus instrumentos os peixes no fundo do mar, os animais nos campos e florestas. Veria e estranharia aquelas outras criaturas que estão em todo parte : no mar com seus barcos e escafandros, no fundo do mar com seus submarinos, no ar com seus aviões, na terra com suas casas e carros ...


Photobucket


Aterrissando sobre uma praia, observava extasiado a natureza ao redor quando um habitante do planeta se aproximou e vendo sua admiração, comentou :

- Aproveite este espetáculo, pois talvez ele não dure por muito tempo.

- Pois é, a conquista espacial ainda é recente, mas o espaço em torno da Terra já está repleto de detritos de satélites.

- As calotas polares estão se fundindo devido ao aquecimento climático.

- As verdes florestas estão desaparecendo devido à deflorestação.

- A biodiversidade está se empobrecendo devido ao uso predador dos recursos da natureza.

- Os rios estão poluídos pelos esgotos domésticos e os mares são freqüentemente maculados pelas marés negras ou pelos navios que modo selvagem jogam seus rejeitos tóxicos neles.

Photobucket


O visitante perguntou :

- Porquê?

Nosso habitante retrucou :

- Você viu aquela criatura que estava nos céus, nos ares, nos mares, na terra? Ele não tinha garras, nem força nem velocidade, então para se adaptar ao planeta ele desenvolveu seu cérebro...o que permitiu que pouco a pouco ele se organizasse e explorasse os recursos da própria natureza para se adaptar a ela. O problema é que ele não respeitou os limites e o espaço das outras espécies, esqueceu que ele também faz parte deste planeta e rompeu seu equilíbrio".

O "estrangeiro" perguntou :

- Então é o fim deste paraíso?

A resposta foi :

- Este planeta já conheceu outros habitantes que desapareceram e provavelmente irá sobreviver a estes também. Quem está correndo risco é principalmente a espécie humana. E seria a primeira vez que uma espécie se destrói pelos seus próprios meios. Mas talvez ainda haja uma esperança...o povo já se conscientizou do problema e começou a agir para revertê-lo, compreendeu que suas atividades econômicas devem respeitar a natureza e erradicar a pobreza, criando assim um novo equilíbrio, que permitirá a todos de viver bem e garantir a sobrevivência das futuras gerações, é o chamado desenvolvimento sustentável ..."

O extraterrestre disse :

- Você acredita que conseguirão ou quer partir comigo?

Aqui acaba a história, mas o que você faria? Eu ficaria, pois apesar de todos os avanços tecnológicos, nada é mais bonito e nos emociona tanto quanto a beleza de uma flor, os cantos dos pássaros, uma noite de luar, um céu estrelado, o murmúrio das ondas do mar. É porque tudo isto é a natureza de nosso planeta Terra, e nós fazemos parte dela, logo queiramos ou não, ela nos faz vibrar quando entramos em sintonia com ela.

Pois hoje que é o Dia da Terra, parabéns a você que faz parte dela...e que vai cuidar dela com muito carinho fazendo a sua parte, tenho certeza.



Dicas para fazer a sua parte para a preservação do planeta


Música : Trilha sonora do filme "Lost Horizont" (Introdução)








Este post faz parte da blogagem coletiva comemorativa do "Dia da Terra" organizada pelo "Faça a Sua Parte.

Também participam :


Aline (Sotaque Mix)Allan (Carta da Itália)
Ana Cláudia Bessa (O futuro do presente)
André Marmota (Marmota mais dos mesmos)
Andréa Motta (Leio o mundo assim...)
Andréa N. (Brazil Nut e In other worlds)
Andréa Poça (Dicas de ciências)
Anny (Blog Linha)
BHY
Branco Leone (Um blog sem conteúdo)
Carla do Brasil (Enquanto seu blog não vem)
Carla do Brasil (Recanto da deusa doméstica)
Carlos Hotta (Brontossauros em meu jardim)
Carol Costa (Guindaste)
Catatau
Cidão (Chronicles & Tales unlimited)
Claudio Costa (Pras Cabeças)
Cristiana Passinato (Meio ambiente, química e derivados)
Cristiana Passinato (Pesquisas de Química)
Danilo (Tkgeo)
Denise Arcoverde (Síndrome de Estocolmo)
Denise BC (Alecrim Dourado)
Denise Rangel (Sturm und drang!)
Eduardo (Drops Azul Anis S)
Fátima Queiroz (Blogosfera solidária)
Georgia (Saia Justa)
Jugioli (Só poesias e outros itens)
Lucia Freitas (Ladybug Brasil)
Lucia Malla (Uma Malla pelo mundo)
Luma (Luz de Luma)
Luma Rosa (Amigos da Blogosfera)
Lunna (Acqua)
Luz Fernández (Carbono Zero)
Lyanne (Viajante consciente)
Madalena Barranco (Letras de morango)
Mariza (O poço dos desejos)
Meiroca (Pensieri e Parole)
Menina Eva (Cintaliga)
Miriam Salles
Nana (Lealdade feminina)
Núccia (Psicologando)
Projeto Jogo Limpo (Blog do Jogo Limpo)
Rafael Motta (Por aí)
Ramos (Ramos Forest Environment)
Rede Jornal de Bordo
Regina Ramão (Neurótika.com)
Rodrigo Barba
Silvia D. Schiros (Faça a sua parte)
V. Carlos (Amando ao próximo)
Ví (A Vísion of Eden)
Zé (Zé Offline: parodiando o mundo online)
Zel (Zel v3.4)