A propagação desta arte na Europa foi feita pelos romanos, que com suas viagens negociando com outros povos iam difundindo o uso de objetos de vidro.
Muitos destes objetos de vidro da Antigüidade foram encontrados em sepulturas, pois era costume enterrar os mortos com seus pertences. Este costume foi abolido com a chegada do catolicismo.
Frasco semi-cônico com filetes de vidro do século IV (encontrado em Metz)
A fabricação do vidro é uma arte do fogo...acontece em altas temperaturas. Para se conseguir atingi-las, é necessário argila para construir as fornalhas e muita madeira para alimentá-las. Porisso as grandes regiões vidreiras foram as cobertas de florestas e com depósitos de argila. E que possuíam também minas de areia e de potássio para a fabricação do vidro. A Lorena tinha tudo isto, então a indústria do vidro prosperou na região até a Renascença.
Vaso com trombas e espirais de vidro do século V
A Igreja Católica foi uma grande cliente dos vidreiros a partir da Idade Média, com os vitrais para as catedrais, o que incrementou o desenvolvimento dos vidros coloridos.
Vitral da antiga igreja de Saint Martin em Maxéville do século XVI
Naquela época já havia conchavos : os vidreiros da Lorena aprenderam dos o segredo da confecção dos espelhos que os vidreiros de Veneza detinham em troca do segredo da fabricação do cristal que eles conheciam.
Sabe a diferença entre o vidro e o cristal, além da transparência e do som quendo são tocados? E somente a quantidade de chumbo, quanto mais chumbo, melhor a qualidade do cristal.
No século XVII, os impostos, a guerra, a peste, provocaram uma decadência do vidro na Lorena. Ele voltou a florescer no século XVIII e atingiu seu apogeu no século XIX, quando os objetos de vidro deixaram de ser apenas funcionais e passaram a ser também objetos artísticos, mostrados nas exposições universais, surgindo assim as artes decorativas.
22 comentários:
Sao belissimos!
Qdo estive em Murano, tive oportunidade de assistir a uma fabricaçao de um objeto de vidro...é lindo ver aquele sobro se transformar em uma obra de arte.
Guta tem um convite pra voce la no P&P
Beijos
Meire
Maria Augusta,
vim conhecer seu blog e agradecer novamente as delicadas palavras deixadas no Varal.
Aproveito para cumprimenta-la pelo nível do seu blog e dizer que virei sempre para conhecer um pouco mais da França, país que eu adoro.
beijos
Maria Augusta querida..mais um momento de beleza e cultura...Sou apaixonada pela arte em vidro,desde sempre...lindas as imagens no slide show...queria todos, especialmente os Daum em tons de roxo lilás e amarelo,bom... os cor de rosa também...sempre os vi como jóias,tenho um pequeno com motivo de nenúfares,parece um jardim...
Lindo.Parabéns..beijos.
Vou te contar um segredo histórico (rs). Quando criança eu adorava chutar bola (chutava mal, mas chutava com raiva). Pois bem, mio pappa deu de presente a mamma um vaso antigo, arrematado em um leilão. Ela amava o bendito vaso.
Pra gente ele parecia mais um monte de cacos de cerâmicas colados e foi o que passou a ser depois que um chute meu atingiu o vaso e ele foi ao chão.
Nós éramos unidos, não contávamos nada pra ninguém. Eu e meus primos. A idéia foi do PR que pegou os cacos e saiu colando tudo. Uma obra de arte feita a várias mãos.
Mamma nunca percebeu.
Então fomos ao museu na França e ela levou-me para conhecer os "irmãos" do vaso dela. Tive uma crise de riso e agora olhando seu post, nem preciso dizer qual foi a minha reação, não é?
Não leve a mal, mas foi incontrolável. O seu post está encantador, mas até hoje temos um vaso quebrado, colado em cima da lareira lá em casa.
Abraços meus...
Belíssimo post, Maria Augusta. Estarei repassando-o, com a sua licença, para minha filha.
Um abraço do
Adelino
Ola
Vi algures um elogio seu ao meu trabalho, fico muito agradecido
Abraço
Meire, em Murano tem mesmo coisas lindíssimas, adoro o estilo deles. Um beijo.
Paulinha, obrigada pela visita e pelas gentis palavras, espero que tenha passado um Feliz Aniversário. Beijos.
Vi, a fabrica de Daum existe até hoje, a de Gallé desapareceu. E Daum faz coisas muito lindas mesmo misturando cristal e massa de cristal. Beijos.
Lunna, espero que o vaso que vocês quebraram seja uma imitação ou de fabricação industrial. Pois os verdadeiros que são mostrados nos museus e nos leilões são valiosíssimos, custam uma fortuna, se vocês o quebraram "prejudicaram" um bocado sua herança (rs). Beijos.
Adelino, obrigada pelas palavras e pela recomendação. Um abraço.
Fqbrica, obrigada pela visita, volte sempre. Um abraço.
Maria Augusta,
linda coleção desse Museu!
Abçs
Adoro museus. Sabe que estes cristais são belíssimos! Minha mãe tambem tinha a cristaleira dela. Não precisa dizer que acabamos com tudo. Filhos...
Obrigada pelo post com tanta beleza.
beijo, menina
Excelente postagem Guta! Cultural, interessnte, e confesso, que Nancy, é uma das cidades que eu mais gosto! abçs
Lindas as peças. Esta é uma exposição que gostaria de ver.
Maria Augusta minha querida, que lindo passeio, que peças maravilhosas você nos proporcionou a chance de ver.
Realmente é mágico a fabricação do vidro.
Parabéns pelo post.
Um beijo
Eduardo, o acervo deste museu é riquíssimo, as peças dessa exposição vêem em parte dele e o resto de particulares ou dos outros museus. Um abraço.
Denise, minha mão também tinha uma cristaleira, gostava de admirá-la, acho que é porisso que gosto de cristais. Um beijo.
Lino, a exposição já acabou, mas muitas de suas peças podem ser vistas nos museus de Nancy. Um abraço.
Betho, obrigada, a cidade de Nancy é realmente muito agradável. Um abraço.
Aninha, verdade, o vidro é um material fascinante com sua transparência e sua fragilidade.
Um beijo.
Olá Maria Ausgusta Querida,
Qto tempo! Falha minha, confesso...
Espero que esteja bem, e seus posts sempre lindos e cheio de bom gosto.
Outro dia, fui no museu do vidro aqui perto. Vi Lalique e imediatamente me lembrei de vc. Até tirei fotos!rs
Beijos e muita saudade.
Bom dia querida!
Ah! quanta coisa boa para se ler...
lindo post, que como sempre me faz voltar e voltar aqui.
bjs.
Ju gioli
Lembrei das cristaleiras antigas que sempre ficavam em lugar de destaque nas casas, antigamente. Fui ver a exposição "Coisas frágeis protegidas por paredes de vidro", de Lúcio Carvalho. Eram seis cristaleiras que tinham vida própria, imensas caixas de jóias, com objetos aprisionados contando histórias capturadas no tempo. Cada objeto era como um diário. E agora, lendo o seu post, pensei "Ah! Se esses cristais contassem, cada um a sua história, por onde passaram e tals?" Já pensou? :=))) Que o diga o vaso que a Lunna quebrou! Como doeu! Beijus
J'ai toujours été fascinée par le travail du verre. Je peux passer des heures à regarder un souffleur de verre et voir comment ce morceau de pâte gelatineuse se transforme en un objet d'art. J'ai la chance de posséder de magnifiques verres en crystal du Val Saint Lambert.
Tout comme toi, j'aime la nature et les belles choses. Je reviendrai me promener dans ton jardin, si tu le veux bien.
Bisous verts
Lina, que bom que você voltou, você fez falta. Um beijo.
Meire, bom dia e bom sábado, minha amiga. Beijo.
Jugioli, obrigada, e você viu como o "Bom Astral" ficou bonito ali na sidebar? Um beijo.
Luma, esta exposição deve ter sido genial. Também penso nisto, se os objetos contassem sua história...Beijos.
Je vois la vie en vert, bonjour. Vous êtes la bienvenue dans ce "Jardin", c'est vrai que moi aussi j'aime la nature et les belles choses. Les crystals du Val Saint-Lambert sont des valeurs sûres ici de la région, ils étaient aussi dans la magnifique expo "Jardin de Crystal", qu'il y a eu à Pont-à-Mousson. Bises et à bientôt.
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