Tom Wesselmann - Great American Nude #52 Não entendo muito da arte do século XX, mas a acho fascinante, variada, ela revolucionou sua própria buscando caminhos nunca antes trilhados. Porisso me interessei pela exposição que está ocorrendo em Paris intitulada "De Miró a Wharlol, a coleção Berardo em Paris". Balthus - Retrato de Mulher em Vestido Azul José Berardo é um empresário português, autodidata, que fez fortuna na África e constituíu uma coleção de mais de 800 obras de artistas variados modernos e contemporâneos, e as colocou à disposição do público em Lisboa no Museu de Belém (entre a torre de Belém e o Mosteiro dos Jerônimos, imaginem que beleza). A exposição que está ocorrendo no Museu de Luxemburgo em Paris faz parte do acervo de José Berardo, e dá um passeio pela arte do século XX, mostrando seus confrontos e paralelos num leque que passa pelo surrealismo (Mirô, Dali, Ernst, Breton...), o abstracionismo (Mondrian, Tanguy, Arp...), o novo realismo, a pop-art, além das pesquisas plásticas do pós-guerra até 1960, num total de 74 obras. Max Ernst - Coquilles-fleurs A exposição começa com os "confrontos" que trazem por exemplo uma paisagem pintada por Nicolas de Stael e outra por Amadeu de Souza Cardoso (aliás muito elogiado), uma cabeça de Picasso e outra de Polock; um nu de Gruber e outro de Leroy... René Magritte - O Homem da Vela Na segunda sala se encontram os surrealistas : Miró (O Homem da Vela), Max Ernst (Paisagem Negra), René Magritte (O Abismo Prateado), Giorgio de Chirico (La Cohorte invincible), Victor Brauner (O Cavaleiro de Gelo), Hans Bellmer (La Toupie), Wilfredo Lam (Lunguanda Yembe), Jean Arp e outros. Num conjunto chamado "cabinet das curiosidades" encontravam-se obras insólitas como o "Telefone afrodisíaco branco" de Salvador Dali, por exemplo. Piet Mondrian - Composição em amarelo, preto, azul, vermelho e cinza Na terceira parte da exposição foram reunidas as obras do abstracionismo geométrico, com o famoso (Composição em amarelo, preto, azul, vermelho e cinza, 1923) de Piet Mondrian ao lado de seu discípulo Jean Gorin (Composição n°28, 1930). E também nomes como Amédée Ozenfant, Robert Delaunay, Jean Helion, Ben Nicholson, Marcelle Cahn, ainsi que des representantes de movimentos como « Círculo e Quadrado », o grupo « Arte concreta » ou a associação « Abstracionismo-Criação ». Continuando a exposição, vinha a pop-art e o novo realismo francês, com nomes como Yves Klein, Andy Warhol, Tom Wesselmann, ...este último com a tela , que é o affiche de chamada da exposição. Frank Stella - Hagamatana II Na última parte se vê uma visão geral de artistas do pós-guerra como a portuguesa Maria Helena Vieira Santos, Soulages, Joseph Albers, Riopelle, Stella, Joan Mitchell... Os grandes ausentes, segundo os "entendidos"? Kandinsky, Chagall, Klee e os cubistas...apesar disto eu achei a exposição ótima, aprendi muito e ela me permitiu de organizar um pouco na minha mente a arte do século XX. Mas sem mais delongas, eu os deixo observar o diaporama (não hesite em clicar sobre botão com as duas barrinhas paralelas para parar o diaporama e ler o texto ou para fazê-lo continuar). Leia mais : Entrevista com o curador da exposição |
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5 comentários:
MARIA AUGUSTA:
Mais um excelente serviço prestado à Cultura, para deleite e proveito de quem a visita.
Linda a apresentacao dessas artes e suas histórias por aqui.
Te desejamos um Feliz Natal e um Ano Novo repleto de flores para o seu Jardim.
Um grande beijo
Maria Augusta, incrível esa maravilha que você nos oferece hoje.
Acordei e disse: que beleza, vou conhecê-la e, confesso que aquardo com muito carinho esta oportunidade de ver a dona deste jardim.
bjs.
e até lá.
JU Gioli
Maria Augusta,
estou com a Jugioli. Só que não poderei te conhecer, pelo menos HOJE! Bom almoço para vocês!
Quanto à postagem, o VARAL que se cuide!
Conheço o Museu Berardo em Lisboa, e realmente é uma coleção importante do século passado!Sua postagem, em texto e imagem, dão uma boa idéia do que esta sendo visto na frança!
Abçs e aproveite bem sua estada em são paulo.
Joe Berardo é um figurão! Tem o toque de Midas. Até com a arte faz negócio. O museu e a colecção de que fala foram objecto de grande polémica aqui na terrinha. Polémicas à parte, a colecção, não sendo espantosa, é bem interessante. O seu post, para variar, é excelente.
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