sábado, 28 de fevereiro de 2009

Os Invasores

Vocês devem estar pensando "Que jardim é este que tem moscas, aranhas, pulgas, piolhos, cupins...?" Pois é, a repulsão que sentimos pelos insetos é visceral, eles nos invadem, poluem nosso ambiente e tudo o que desejamos é nos livrar deles, não é mesmo? Mas quando vi estas imagens reproduzindo as entranhas deles não resisti, são tão bonitas...e é só assim que eles podem entrar aqui no Jardin! Bom fim de semana!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

"O Leilão do Século"


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O Grand Palais em Paris recebe atualmente o conjunto de 733 obras de Yves Saint-Laurent e de seu companheiro Pierre Bergé que estão sendo colocadas em leilão (chamado pela imprensa de "Leilão do Século"), e estiveram expostas para visitação pública durante o último fim de semana. São obras importantes da pintura, esculturas, mobília, objetos decorativos, etc. Por exemplo, entre os quadros existem obras de Picasso, Matisse, Mondrian, Degas, Cézanne...entre as esculturas estão obras de artistas contemporâneos como Brancusi, mas também peças da Grécia Antiga como um minotauro que data do século I dC. Os preços são astronômicos, algumas obras valem dezenas de milhões de euros. Segundo Pierre Bergé, a renda será revertida para a pesquisa contra a AIDS.

Obras do leilão da coleção "Yves Saint-Laurent e Pierre Bergé"

(passe o mouse para ver as legendas)

O leilão conduzido pela Christie's, ignorou a crise e começou com força total, já na segunda-feira (ele termina na quarta-feira) bateu records de preço para várias peças, como o quadro de Matisse "Les coucous, tapis bleu et rose" que alcançou quase 36 milhões de euros, sendo que estava avaliado entre 12 e 18 milhões. Uma estátua de madeira de Brancusi também foi vendida pelo dobro do que estava previsto.No entanto o quadro de Picasso "Instruments de musique sur un guéridon" não encontrou comprador que pagasse o preço mínimo proposto.

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Mas o toque particular desde leilão foi dado pelos chineses que tentaram embargar a venda de duas esculturas (foto acima) que fazem parte do patrimônio deste país, e que foram trazidas para a Europa quando houve o saque pelas tropas inglesas e francesas do Palácio de verão de Pequim em 1860. Não conseguiram ganho de causa, parece que a legislação não prevê casos tão remotos, mas agora o governo chinês solicitou oficialmente a anulação da venda. Se a moda pega e as obras de arte começarem a ser devolvidas a seus países de origem...muitos museus europeus vão ficar vazios, não é mesmo?


domingo, 22 de fevereiro de 2009

Au Bal Masqué II

Continuamos o passeio pela França em ritmo de Carnaval com as cidades de Nice, Cholet e Mulhouse. Em cada região o carnaval é diferente, resultado do contexto histórico no qual ele surgiu, e também nas lendas e tradições locais. Mas como no Brasil ele tem (ou teve) essa característica de igualar todas as classes sociais, que atrás de uma máscara podem se exprimir e "se soltar" sem receio das consequências...

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O carnaval de Nice é o maior da Côte d'Azur. Um de seus pontos altos são as batalhas de flores onde os carros alegóricos jogam rosas, cravos, mimosas sobre a multidão (é um modo de atrair a atenção para as plantações de flores da região). Um outro tema são as caricaturas dos políticos geralmente satirizando um fato da atualidade. A festa se encerra com a incineração do rei do carnaval e uma grande queima de fogos.

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O carnaval de Cholet acontece no mês de abril, dura uma semana e é assistido por cerca de 100000 pessoas que vem para ver o desfile dos carros alegóricos apresentando personagens com cabeças gigantescas representando cow-boys, figuras egípcias, arlequins e outros. A "parada luminosa" (com carros ornamentados com milhares de luzes) ocorre no final das festividades e nesta ocasião a tradição manda que se queime um carro alegórico especialmente designado, simbolizando o encerramento do Carnaval daquele ano.

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O carnaval de Mulhouse, que é comemorado no fim de fevereiro tem a participação não só dos habitantes locais, como também de foliões vindos da Alemanha e da Suiça (ela fica na fronteira com estes paises). Nos carros alegóricos se vêem figuras feitas de papier maché geralmente satíricas representando personalidades políticas. Na ocasião são feitas duas noitadas "para que as mulheres se vinguem dos homens", chamada "Noite das Frangas", pode?

Muitas outras cidades tais como Menton, Lille, Albi, Manthelan, Granville, Bailleul, Limoux, Nantes, também tem seus carnavais que são comemorados com muita animação. Pois o frio não deve impedir a alegria, não é mesmo?

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Au Bal Masqué

Quando cheguei aqui na França estranhei muito o fato que não existe o feriado do Carnaval, apesar de que a terça-feira gorda está indicada no calendário. Pensei "Que país é este, que nem carnaval tem?" Mas estava enganada, aqui em Nancy não se vê o Carnaval, mas em outras cidades francesas tem sim e são bem animados.

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Em Dunkerke, o Carnaval é uma festa com inspiração marítima, dura três meses começando em janeiro e tem seu pico na semana da terça-feira gorda. Além dos desfiles ao som das bandas e dos tambores, os foliões se fantasiam (as mulheres em homens e vice-versa) e carregam enormes guarda-chuvas coloridos. No final dos desfiles, a multidão leva um banho de harengs, o que é o ponto culminante da festa. Tem grande participação popular tanto do pessoal da cidade quanto das cidades vizinhas e dos turistas.

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Parece Veneza, não é mesmo? Mas não é não, em Annecy eles usam estas máscaras e estes trajes para o Carnaval que é festejado no primeiro sábado depois da "terça-feira gorda". Não é à toa que a cidade é chamada de "Veneza da Savóia", não tem a "Ponte dos Suspiros, mas tem a "Ponte dos Amores". Outra cidade que comemora o Carnaval no estilo veneziano é Remiremont, aqui na Lorena.

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Em Paris, o Carnaval é festejado com a "Passeata do Boi Gordo". A vaca Primpinelle puxa o cordão e é a rainha da festa onde os foliões se fantasiam ( a fantasia preferida é a de vaca com belos chifres) e percorrem as ruas da cidade ao ritmo dos tambores. O tema do desfile deste ano é "O Carnaval Cósmico, Astronautas e Extraterretres"...

continua...

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

A Dança de Shiva


Este post faz parte da blogagem coletiva "O Livro da Minha Vida" organizada pela Vanessa do blog Fio de Ariadne.

Este livro talvez não tenha sido o livro da minha vida, mas certamente foi um dos mais fascinantes que li, um dos poucos livros não técnicos que atravessaram o oceano e me acompanharam quando vim morar aqui. Pela primeira vez encontrei algo que propunha uma ponte entre duas coisas aparentemente antagônicas, a ciência e a religião. Trata-se de "O Tao da Física" de Fritjof Capra.

Ele não é muito fácil de ler, na primeira parte da uma visão geral das religiões orientais (hinduismo, budismo, taoismo), e em seguida explica os princípios da fiísica quântica. Mas o mais interessante são sem dúvida os "paralelos":

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  • no caso do hinduismo, a dança de Shiva(vídeo) que traduz o fluxo e o refluxo, a criação e a destruição, é assimilada ao mundo das partículas sub-atômicas (imagem acima), no qual existe um ritmo e um movimento contínuo e perpétuo. Ele escreve :

"As idéias de ritmo e de dança vem-nos naturalmente há memória quando procuramos imaginar o fluxo de energia que percorre os padrões que constituem o mundo das partículas. A física moderna mostrou-nos que o movimento e o ritmo são propriedades essenciais da matéria e que toda matéria, quer aqui na terra, quer no espaço sideral, está envolvida numa contínua dança cósmica. Os místicos orientais tem uma visão dinâmica do universo, semelhante a da física moderna; consequentemente, não é de surpreender que também eles tenham usado a imagem da dança para comunicar a intuição que tinham da natureza."

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  • no caso do taoismo com o yin e do yang, ele assimilou estes dois aspectos ao carater dual da matéria, ou seja, onda/energia, que foi proposto pela Física Quântica. Segundo ele, Niels Bohr, o grande cientista que propôs este modelo de complementaridade e o estendeu a vários domínios, reconhecia que o yin e o yang seriam expressões deste princípio, pois os adotou como símbolo no seu brasão.

Outros pontos que ele discute neste livro são a interdependência entre os fenômenos do universo, a participação do observador na "realidade" que o circunda, que são compartilhados pela física moderna e pelos preceitos destas religiões ancestrais.

Como sempre procuro os pontos de convergência entre as várias culturas, adorei este livro. As analogias que ele apresenta podem ser contestadas por alguns, mas para mim a idéia de que por caminhos tão diferentes e em épocas tão distantes se chegue às mesmas conclusões me fascina completamente.

Veja extratos do livro aqui

Update (26/02/2009)

A Marialynce do excelente Polia's blog acrescentou este importante complemento a este post :

...Há uns tempos li um romance de um autor português chamado "A fórmula de Deus" onde, a propósito de um pretenso segredo sobre a criação do universo deixado por Einstein, o autor faz várias referências às analogias entre as descobertas da física de partículas e os conhecimentos do budismo e hinduísmo, baseando-se, entre outros, no livro de Fritjof Capra que referiu. Deixo aqui alguns extractos:

"A mitologia hindu assenta na história da criação do mundo através da dança de Shiva, o senhor da dança.Conta a lenda que a matéria se encontrava inerte até que, na noite do Brahman, Shiva iniciou a sua dança num anel de fogo. Nesse instante também a matéria começou a pulsar ao ritmo de Shiva, cujo bailar transformou a vida num grande processo cíclico de criação e destruição...
(...)O universo balança entre o yin e o yan, as duas faces que pautam o ritmo dos padrões cíclicos do movimento e através dos quais o Tao se manifesta.
(...)E o que é o real infinitamente complexo e inatingível descrito pela Teoria do Caos senão Tao?
(...)lembrem-se agora da física quântica: a matéria é, ao mesmo tempo, onda e partícula.Então lembrem-se agora das teorias da Relatividade: o espaço e o tempo estão ligados. Tudo é yin e yang. Os extremos revelam-se, afinal, diferentes expressões de uma mesma unidade. Yin e Yang. Energia e massa. Ondas e partículas. Espaço e tempo.
(...) Então vejam o ritmo dos electrões em torno dos núcleos, veja o ritmo das oscilações dos átomos, vejam o ritmo do movimento das moléculas, vejam o ritmo do movimento dos planetas, vejam o ritmo a que pulsa o cosmos.(...)O que é isto senão o ritmo enigmático da música universal a que dança o cósmico Shiva? (...) E de onde vem esse ritmo?...Vem da Dharmakaya, vem da essência do universo....Pois a música do universo oscila ao ritmo das leis da física.
(...)A variedade das coisas e acontecimentos que vemos e sentimos à nossa volta são diferentes manifestações da mesma realidade. O real é o uno do qual deriva o múltiplo. É isso Brahman, é isso Dharmakaya, é isso Tao. Os textos sagrados explicam o universo....Está escrito na Prajnaparamita, o poema de Buda sobre a essência de tudo.

Vazia e calma e livre de si
É a natureza das coisas.
Nenhum ser individual
Na realidade existe.

Não há fim nem princípio,
Nem meio.
Tudo é ilusão,
Como numa visão ou num sonho.

Todos os seres do mundo
Estão para além do mundo das palavras.
A sua natureza última, pura e verdadeira,
É como a infinidade do espaço."


Obrigada, Marialynce!

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Realidade ou Ilusão ?


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O tempo é um referencial essencial em nossas vidas. Queremos medi-lo cada vez com maior precisão, economizá-lo, preservá-lo, valorizá-lo, segurá-lo...mas

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...o tempo passa

A noite cai rapidinho, as semanas passam voando, as estações se sucedem, os anos se escoam "entre nossos dedos"...

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...o tempo passa

Garoa,ou chove, ou neva, ou faz sol...

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...o tempo passa

A Terra se transforma, os dinossauros desaparecem, os humanos aparecem :

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...o tempo passa

Mas a passagem do tempo seria uma realidade...

...ou uma ilusão?

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Religiosos, filósofos e cientistas já se debruçaram sobre a questão. Segundo Santo Agostinho (e o que foi lembrado pelo nosso amigo Jorge do Expresso da Linha na sua série "As Aventuras de Arnaldo Rocha") "o passado já passou; o futuro ainda não chegou; o presente acabou de passar". Einstein disse que o tempo é relativo dependendo da velocidade do observador ele pode se comprimir ou se dilatar. Logo sem observador o tempo não existe, não é mesmo? Então, será que o tempo passa mesmo ...

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...ou será que somos nós que o fazemos passar, passando?



Este post faz parte da Tertúlia Virtual organizada pelo Varal de Idéias e pelo Expresso da Linha.


Mylene Farmer - L'Horloge







Update 16/02/2009

A canção L'Horloge (letra
aqui) de Mylène Farmer é uma adaptação musical do poema L'Horloge (O Relógio) de Baudelaire, no qual ele "pinta" o tempo com as palavras. Ele é formado por 6 estrofes de quatro alexandrinos, correspondendo às 24 horas. A consoante "s" está sempre presente no começo e no final dos versos marcando o ritmo do tempo, o que é respeitado na música, onde as passagens faladas e cantadas, graves e mais agudas se alternam, como o movimento do pêndulo do relógio.

A primeira imagem representa um detalhe da tela "Os Relógios Moles" de Salvador Dali.


E sobre a imagem que apresenta uma ilusão de ótica, o
Kovacs nos informou nos comentários que "a ilusão de movimento da imagem é um trabalho de Akiyoshi Kitaoka - exemplo de Optical Art". Muito obrigada pela precisão, Kovacs.


quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Tea for Ten...(II)


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Depois da visita à Capela do Morumbi, continuamos descendo a avenida, e chegamos então a uma outra parte da antiga fazenda de chá, a "Casa da Fazenda". Adentrando nela, com sua decoração no estilo colonial, sua vasta varanda dando sobre um pomar de árvores centenárias, um jardim com um espelho d'água e uma capela, tínhamos a impressão de fazer uma viagem no tempo, em direção ao século XIX.

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© Carmen Gonçalves

Dizem que devido ao aspecto romântico e histórico do lugar, vários filmes e novelas já foram gravados nele (Sinhá Moça, Beto Rockefeller, A Moreninha, entre outros). Construida em 1813 pelo Padre Feijó nas terras dadas por D. João VI ao inglês John Rudge, ela foi restaurada recentemente a partir das antigas fundações, pois depois do desmembramento da fazenda pertenceu a vários proprietários até 1974, ficando em seguida abandonada durante mais de 20 anos..

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© Carmen Gonçalves

A restauração começou pelo jardim, no qual foi reproduzido um típico jardim colonial brasileiro. "Jaboticabeiras centenárias, abacateiros e mangueiras compõem as árvores mais antigas. Fazem parte da vegetação ipês, jacarandá, resedás e magnólias. Quanto às flores, azaléias cor-de-rosa colorem a frente do terreno, os jasmineiros e moréas se encarregam de dar seu toque branco ao redor da casa e as heras africanas, trepadeiras e jasmim-carolina enfeitam o orquidário"(descrição daqui).

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© Carmen Gonçalves

A antiga senzala, com suas paredes espessas e suas janelas com grades também foi preservada e pode ser visitada, lembrando este triste episódio da história do Brasil, assim como uma mini-capela dedicada à Santa Clara, cujos afrescos foram inspirados nas capelas do século XIX.

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© Carmen Gonçalves

No casarão funciona há 8 anos a ABACH (Academia Brasileira de Arte, Cultura e História) e uma grande parte da propriedade é dedicada a exposições de artesanato e de arte contemporânea.

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© Carmen Gonçalves

No interior do casarão (cujo forro-gamela foi pintado com motivos florais por Carlos Machado reproduzindo a tapeçaria de uma porta de sacristia de 1850), funciona um restaurante que serve cozinha internacional e cozinha típica da fazenda. Dizem que o "tea time" é muito concorrido principalmente no inverno, tudo é servido seguindo a tradição da antiga fazenda de chá.

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Pois é, como fiquei encantada com o lugar, meus familiares me convidaram para almoçar no restaurante de lá no dia do meu aniversário (não foi um tea for ten, mas um lunch for ten...rs). Mas era também o dia do aniversário da cidade de São Paulo, então eles estavam servindo este bolo da foto abaixo com a bandeira paulista (que estava delicioso...). O que poderia ser melhor para festejar o aniversário de uma paulistana nascida em um 25 de janeiro, não é mesmo?

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© Carmen Gonçalves


segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Tea for Ten...


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Capela do Morumbi

A cidade de São Paulo não cessa de me surpreender...desta vez foram as "descobertas" que fiz a respeito do bairro do Morumbi. Já conhecia a Casa "Maria Luiza e Oscar Americano" e o Palácio dos Bandeirantes (fui lá quando estava no colégio com minha classe não me lembro para qual cerimônia), mas soube que eles fazem visitas monitoradas e que havia uma exposição sobre o modernismo, então fomos até lá para conferir.

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Parede de taipa de pilão sobre a qual esta a capela

Depois da visita resolvemos descer a pé a Avenida Morumbi e foi aí que conhecemos a história do bairrro...pois paramos na Capela do Morumbi onde encontramos alguns jovens monitores que nos explicaram em detalhe que :

  • na verdade, a capela atual talvez não tenha sido originalmente uma capela. Eles supuseram que assim fosse pois encontraram escritos dos antigos proprietários narrando a intenção de construir no local uma igreja pois para ir à missa na Praça da Sé era necessário um dia de viagem...

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Detalhe do afresco representando o batismo de Cristo (Lúcia Suanê)
  • ...pois o Morumbi era uma fazenda, cujas terras foram doadas por D. João VI ao inglês John Rudge, para que nelas fosse plantado chá (preto, pois no Brasil na época só havia o chá mate)..com o tempo, a fazenda foi desmembrada e deu origem ao atual bairro.

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Detalhe do afresco representando o batismo de Cristo (Lúcia Suanê)
  • que a restauração da capela foi realizada pelo arquiteto de origem russa Gregori Warchavchik nos anos 40 do século XX, que conservou as antigas fundações de taipa de pilão mas continuou a construção com alvenaria, sendo que o caráter sacro foi assegurado pela artista Lucia Suanê que pintou um afresco com o batismo de Cristo no qual os anjos são índios.

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Instalação "Lux" (Laura Vinci)
  • na capela atualmente ocorrem exposições de arte contemporânea, quando lá passamos havia uma instalação da artista contemporânea Laura Vinci.

(continua no próximo post)

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

A Olimpíada do Sabor

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Os tempos são bicudos, fala-se muito de crise, mas the show must go on...e, como tem acontecido há 20 anos foi realizada na cidade de Lyon na França nos dias 28 e 29 de janeiro últimos o concurso "Bocuse d'Or" (Bocuse de ouro) reunindo os melhores cozinheiros do mundo todo, para disputar este troféu prestigioso, que é equivalente à uma medalha dos Jogos Olímpicos no mundo da gastronomia.
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Para participar deste concurso existem as eliminatórias, como nos JO, e neste ano os 24 finalistas enviaram dois pratos, um de peixe e outro de carne. O cozinheiro japonês (foto abaixo) foi classificado por ter vencido o "Bocuse d'Or" da Ásia.
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Na final que ocorreu em Lyon em janeiro último, os chefs receberam como ingredientes um filé, uma cauda, duas "bochechas" e três costelas de boi escocês para a preparação do prato de carne. Para o prato de peixe eles usaram bacalhau fresco, camarões e "coquilles Saint-Jacques", tudo da Noruega.
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Eles tiveram 5h30 para preparar os pratos. Os quesitos julgados foram o sabor do prato, a apresentação e a higiene durante a preparação.
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Em seguida os pratos foram apresentados aos 24 membros do jury. Estes, divididos em dois grupos, um para julgar os pratos de carne, outro para os pratos à base de peixe, era composto por reputados cozinheiros de todos os continentes.
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Tchan, tchan, tchan, tchan...E o vencedor foi : o cozinheiro norueguês Geir Skeie (do restaurante Mathused em Sandefjord, na Noruega), seguido pelo cozinheiro sueco Jonas Lundgren e pelo francês Philippe Mille. O cozinheiro brasileiro ficou no 21° lugar, mas o Brasil ganhou o prêmio do melhor poster para a promoção do evento...
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E vejam agora os pratos preparados pelo vencedor...e se quiser encher os olhos com o capricho da apresentação e encher a boca de saliva, clique na imagem abaixo e veja no Picasa em tamanho grande os pratos dos 3 vencedores.
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Site do evento Bocuse d'Or 2009