terça-feira, 14 de agosto de 2007

Flanando na Cidade Verde


Vista do rio Moselle e da catedral Saint-Etienne, em Metz

"Cidade Verde", neste caso, não quer dizer uma cidade ecológica, esta denominação vem da quantidade de árvores e vegetação que ela possui. Estou falando da cidade de Metz, que fica a 55 Km de Nancy, onde moro, pertinho das fronteiras com Luxemburgo e com a Alemanha.

Sabe aquela rivalidade boba Rio-São Paulo? Pois aqui tem a mesma coisa entre Nancy e Metz, todas as duas brigando pelo título de "Capital da Lorena". Elas são próximas no que se refere à distância, mas apresentam diferenças importantes. Metz foi alemã durante muitos anos e isto se reflete em muitos aspectos começando pelos imóveis, que são austeros, "germânicos". Uma outra diferença é que seus habitantes conservaram as vantagens da previdência social alemã e também os dias santos deste país, depois da anexação. E por falar nisto, as festas religiosas destas regiões que foram ocupadas pelos alemães, como o Natal, são feéricas. As feiras de Natal de Metz, Estrasburgo e da Alsácia em geral são famosas.

Para mim, ela é a simplesmente a Cidade Verde, e também a cidade da minha amiga Madô. Gosto de ir até lá de trem (a estrada é cheia de caminhões e perigosíssima, principalmente no inverno) e depois andar a pé nas ruas que margeiam o rio Moselle, que a atravessa, ficar olhando os belos prédios antigos, as ilhas, as árvores centenárias que o ladeiam, os cisnes nadando. Que os nanceienses não me ouçam, mas as cidades atravessadas por rios são sempre mais bonitas. E ela é fervilhante de vida, talvez por ser uma cidade fronteiriça, é muito dinâmica, adoro trabalhar com o pessoal de lá.

Na minha última ida a Metz, visitei uma exposição em homenagem à chegada do TGV, de um artista da região chamado Paul Flickinger. Ela está ocorrendo no "Hotel da Região", centro do governo regional, que está instalado em uma antiga abadia (foto acima). Quanto ao artista, eu já conhecia suas esculturas, e foi a primeira vez que vi suas pinturas. Elas eram feitas em uma técnica especial, "altuglas", sob o vidro, o resultado era bastante interessante. Algumas colunas, que ele chamou de tótens (foto à esquerda), também pintadas sob o vidro completavam a exposição. Coloquei as fotos do quadro no slideshow aí embaixo, vejam e me digam o que acharam, tá?

(clique na imagem para ver o diaporama)

20 comentários:

Anônimo disse...

Nossa, essas cidades alemãs devem ser lindas, gostaria muito de visitar um dia.

bjs

Cris disse...

Como vc faz para viajar tanto?????

=)

Anônimo disse...

Sereia, as regiões francesas da Alsácia e da Moselle, na fronteira com a Alemanha são muito bonitas e o que conheci da Alemanha também. Se você vier à Europa, não deixe de visitá-las. Um beijo.

Cris, não posso viajar, pois minha sogra tem problemas de saúde e é completamente dependente de nós. Tudo o que descrevi neste blog são passeios que são feitos em um dia ou em algumas horas, como este de Metz, quando encontramos alguém para ficar com ela. O Villers d'Art, por exemplo, é num parque a 5 minutos da minha casa. Como você sabe, os dias de sol estão tão raros este ano que é preciso aproveitá-los, principalmente porque não podemos sair de férias devido a seu estado. Um beijo.

Sonia Sant'Anna disse...

Cliquei no slide show e pude vê-lo com maior nitidez e cores mais vivas. Gostei muito. Gostaria de ter uma viso melhor dos totens, que me pareceram muito interessantes. Uma das grandes vantagens da Europa é a proximidade de tudo, já que são países pequenos. No Brasil viajar é difícil. Como eu gostaria de conhecer, entre outras coisas, por exempo, a Amazônia e o Pantanal...

Anônimo disse...

Vimos aqui através do blog da Meire e gostamos muito pois fala de lugares que conhecemos e gostamos. Por exemplo:
Metz é mesmo linda... temos muito boas recordações de toda a região da Alsácia.
Rimos muito pela coincidência das perguntas que nos fazem quando colocamos fotos de cidades ou parques que visitamos na Holanda e muitos deles ficam a 5 minutos de bicicleta da nossa casa até esses parques.
No momento estamos em Portugal e tb não podiamos sair daqui por muito tempo, pois a minha sogra não poderia ficar sozinha, mas ela faleceu no dia 17.07 e estamos um pouco perdidos. Retornamos à Holanda, onde de fato vivemos, na próxima segunda-feira.
Esteja a vontade se quiser visitar o nosso blogue.
bs,

Anônimo disse...

Delícia viajar assim.
Bjs laura

Anônimo disse...

Maria Augusta, voltarei com calma para saborear a postagem de hoje. Agora é para cumprimenta-la pela adesão e divulgação da blogagem coletiva do dia 17. Parabéns! Longe, mas perto das aflições e desventuras deste seu sofrido Brasil.


Abçs

Lina disse...

Olá Maria Augusta Querida,

Que saudades de passar por aqui! A vida anda mais corrida que o normal esses dias.
Você sabe bem como aproveitar seu tempo livre, visitando lugares lindos.
Penso que são nessas coisas que vemos quando alguém sabe aproveitar bem sua vida.

A exposição também muito linda.

Beijos e bom verão aí para você.

Anônimo disse...

Sonia, que bom que você gostou. Você pode ver melhor os tótens aqui. Um beijo.

Francy&Carlos, sejam benvindos. Obrigada pela visita, sinto muito pela perda que vocês tiveram na família. Deseja a vocês um bom retorno à Holanda e vou visitar o blog de vocês, com certeza. Um grande abraço.

Laura, ir a Metz não é uma viagem, a distância é menor que entre Rio e Petrópolis. Muita gente mora em Metz e trabalha em Nancy e vice-versa. Um beijo.

Eduardo, é normal, sou brasileira, quero o melhor para meu país. Um abraço.

Lina, que bom vê-la de volta. Mas curte bem teu verão também, se ficar longe do computador não faz mal. O importante é saber que nossos amigos estão felizes, mesmo se não podemos estar em contato com eles todos os dias. Um beijo.

Anônimo disse...

Maria Augusta, gostei muito da história das duas cidades, e mais ainda do Paul Flickinger que não conhecia! Obrigado por apresenta-lo tão bem!

Abçs

Luma Rosa disse...

Eu não conhecia os trabalhos de Paul Flickinger e fiquei maravilhada. Vou saber mais dele, logo mais!! Gostei mesmo dos trabalhos!
Essa rivalidade é corriqueira entre cidades que se complementam. Um fica com inveja daquilo que a outra tem e que esta não tem! (rs*)
Beijus

Anônimo disse...

Eduardo, Luma, o Paul Flickinger é muito bom mesmo, tanto na pintura quanto na escultura. Beijos para os dois.

Anônimo disse...

Maria Augusta, tb não o conhecia e apreciei muito. Abraços.

Anônimo disse...

Lindo texto, linda cidade. E ainda tem o artista a colorir nossos olhos. abs Liniane

Anônimo disse...

Mario, obrigada pela visita, fico contente em saber que você gostou. Um abraço.

Liniane, que prazer receber tua visita à blogosfera. Espero te ver de volta com o "Gauchadas em Sampa" em breve. Um beijo.

Osc@r Luiz disse...

Belíssimo.
Que bom que você aproveita aos máximo as belezas e a cultura que a cerca. É um privilégio e tanto...
Cuiabá, se "autodenomina" a "Cidade Verde" devido à quantidade de árvores, principalmente mangueiras que possui. Porém nessa época do ano, com umidade relativa do ar entre 15 e 20%, as queimadas urbanas são frequentes e intensas, o que agrava ainda mais as altas temperaturas locais e superlota os hospitais principalmente com crianças com problemas respiratórios.
Não sei se com essa cultura, todo esse verde vale a pena...
É mesmo uma pena!
Beijos, Maria Augusta e um bom final de semana!

Anônimo disse...

Oscar, não sabia que Cuiabá era chamada a "Cidade Verde", lembro-me de tê-la visitado ha muitos anos e ter gostado muito. Que pena que tem as queimadas, no sul da França no verão também ocorrem muitos incêndios e é sempre dramático. Um abraço e um bom fim de semana.

Karina disse...

Sempre achei q uma grande vantagem de morar na Europa era estar perto de tantos lugares encantadores e de tanta arte. Sei q não é tão fácil, mas parece tudo tão pertinho.
Adorei as pinturas, principalmente a nº 4 e nº 19, além de modernas, dão uma sensação de leveza...
Eu moro pertinho de SP, uns 30/40 minutinhos, mas só agora estou aprendendo a curtir mais do q a cidade oferece.
Esse festival da Bolívia foi uma delícia, semana q vem será a vez do Chile, mas como é + tarde ainda não sei se vou.
Bjks carinhosas e um lindo dia pra vc.

Anônimo disse...

Karina, aqui na região da França onde moro, este ano está tendo muitos eventos interessantes, procuro não perdê-los. Em São Paulo, como é uma cidade muito grande é mais complicado, mas sei que tem muita coisa boa também. Um beijo.

Anônimo disse...

maria augusta,

é difícil dizer qual das duas cidades me deixou maiores marcas. metz transmite uma sensação de tranquilidade, enquanto nancy é irriquieta e sensual. e como comparar a pesada arquitetura alemã com a leveza da art-nouveau?

vivi ano e meio em nancy (aí pertinho de villers-lés-nancy), mas, sempre que podia, ía a metz. sugiro visitá-la na época de saint nicolas, quando existe uma grande feira de noël.