quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
Como uma Melodia...
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
A Volta ao Mundo
Lembra da história de Júlio Verne, a "Volta ao Mundo em 80 Dias"? Ela conta as aventuras de um cidadão inglês Phileas Fogg, que com seu fiel servidor apostou que daria a volta ao mundo em 80 dias. Eles são seguidos pelo inspetor Fix, que suspeita (injustamente) que ele assaltou um banco. Quando Júlio Verne a escreveu no século XIX, ele estava completamente encantado com os meios de transporte "modernos", como a locomotiva a vapor, que permitiria realizar esta proeza. Os heróis viajam de trem, de navio, de elefante, de carro, e até de trenó...e Fogg consegue ganhar sua aposta porque ganharam um dia por viajarem no sentido leste-oeste. Se fizéssemos o mesmo percurso hoje em dia, certamente não precisaríamos de 80 dias, mas que paisagens encontraríamos? |
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Balada sob a neve...
Depois das vitrinas de Paris e da feirinha de Natal de Estrasburgo, hoje, depois das emoções do Natal, proponho a vocês um passeio pelas ruas ornamentadas de Paris sob a neve. Faz frio, mas vale a pena...Vamos lá? |
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Renascendo...
Queridos Amigos, nestes tempos de guerras e dificuldades, que a lembrança do nascimento desta Criança que trouxe ao mundo uma mensagem de amor, faça renascer a esperança e possa preencher o coração de cada um e indicar à humanidade o caminho para a paz e a fraternidade em relação ao próximo. E com as imagens, as luzes e os odores de vinho quente e de especiarias do "Marché de Estrasburgo", um dos mais belos da França, eu agradeço o presente que vocês me ofereceram que foi sua presença aqui neste Jardin durante todo o ano. E com muito carinho, desejo a todos vocês um Natal bem feliz, com muito amor, paz e luz, ao lado de seus entes queridos! |
▲ Alto da Página ▲
sábado, 20 de dezembro de 2008
As Vitrines dos Sonhos
As luzes das vitrines de Paris...que deslumbramento! Esta magia desta época de Natal me fascina desde a minha infância, quando passeava pelas ruas de São Paulo agarradinha na mão de meu pai e a boca aberta diante de todas aquelas árvores iluminadas. Mas hoje em dia olhando as vitrines de Paris penso na minha sogra, uma parisiense de coração apesar de que nasceu perto de Than, na Alsácia, que é a cidade que introduziu a árvore de Natal na França. Ela nos dizia que na sua infância na Alsácia o presente de Natal tradicional era uma cesta de laranjas, a fruta da época na Europa. E também nos contava o quanto eles ficavam felizes com o presente e como a festa era calorosa apesar do inverno. Então fico pensando com os meus botões onde e quando alguém determinou que a felicidade está na quantidade e no valor dos presentes que se recebe, porque o Natal tem atualmente esta conotação comercial, acarretando um consumismo desenfreado, tão nocivo para o planeta. Se não é tempo de privilegiar os produtos preparados por nós mesmos, reciclados ou manufaturados de modo sustentável. Pois se a demanda for neste sentido, as indústrias se adaptarão e passarão a respeitar o meio ambiente na elaboração de seus produtos. Pois é, hoje quando vejo brilho dos olhinhos das crianças encantadas diante das lindas vitrines, penso na responsabilidade que temos em relação a elas e às gerações futuras, no sentido de que devemos refletir a cada um os nossos gestos, para que possamos legar a elas um planeta com recursos suficientes para que elas possam viver de forma digna. Veja as dicas de presentes ecológicos lendo os posts dos outros participantes do Natal Verde do "Faça a Sua Parte". |
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Refazendo Arte...
Tom Wesselmann - Great American Nude #52 Não entendo muito da arte do século XX, mas a acho fascinante, variada, ela revolucionou sua própria buscando caminhos nunca antes trilhados. Porisso me interessei pela exposição que está ocorrendo em Paris intitulada "De Miró a Wharlol, a coleção Berardo em Paris". Balthus - Retrato de Mulher em Vestido Azul José Berardo é um empresário português, autodidata, que fez fortuna na África e constituíu uma coleção de mais de 800 obras de artistas variados modernos e contemporâneos, e as colocou à disposição do público em Lisboa no Museu de Belém (entre a torre de Belém e o Mosteiro dos Jerônimos, imaginem que beleza). A exposição que está ocorrendo no Museu de Luxemburgo em Paris faz parte do acervo de José Berardo, e dá um passeio pela arte do século XX, mostrando seus confrontos e paralelos num leque que passa pelo surrealismo (Mirô, Dali, Ernst, Breton...), o abstracionismo (Mondrian, Tanguy, Arp...), o novo realismo, a pop-art, além das pesquisas plásticas do pós-guerra até 1960, num total de 74 obras. Max Ernst - Coquilles-fleurs A exposição começa com os "confrontos" que trazem por exemplo uma paisagem pintada por Nicolas de Stael e outra por Amadeu de Souza Cardoso (aliás muito elogiado), uma cabeça de Picasso e outra de Polock; um nu de Gruber e outro de Leroy... René Magritte - O Homem da Vela Na segunda sala se encontram os surrealistas : Miró (O Homem da Vela), Max Ernst (Paisagem Negra), René Magritte (O Abismo Prateado), Giorgio de Chirico (La Cohorte invincible), Victor Brauner (O Cavaleiro de Gelo), Hans Bellmer (La Toupie), Wilfredo Lam (Lunguanda Yembe), Jean Arp e outros. Num conjunto chamado "cabinet das curiosidades" encontravam-se obras insólitas como o "Telefone afrodisíaco branco" de Salvador Dali, por exemplo. Piet Mondrian - Composição em amarelo, preto, azul, vermelho e cinza Na terceira parte da exposição foram reunidas as obras do abstracionismo geométrico, com o famoso (Composição em amarelo, preto, azul, vermelho e cinza, 1923) de Piet Mondrian ao lado de seu discípulo Jean Gorin (Composição n°28, 1930). E também nomes como Amédée Ozenfant, Robert Delaunay, Jean Helion, Ben Nicholson, Marcelle Cahn, ainsi que des representantes de movimentos como « Círculo e Quadrado », o grupo « Arte concreta » ou a associação « Abstracionismo-Criação ». Continuando a exposição, vinha a pop-art e o novo realismo francês, com nomes como Yves Klein, Andy Warhol, Tom Wesselmann, ...este último com a tela , que é o affiche de chamada da exposição. Frank Stella - Hagamatana II Na última parte se vê uma visão geral de artistas do pós-guerra como a portuguesa Maria Helena Vieira Santos, Soulages, Joseph Albers, Riopelle, Stella, Joan Mitchell... Os grandes ausentes, segundo os "entendidos"? Kandinsky, Chagall, Klee e os cubistas...apesar disto eu achei a exposição ótima, aprendi muito e ela me permitiu de organizar um pouco na minha mente a arte do século XX. Mas sem mais delongas, eu os deixo observar o diaporama (não hesite em clicar sobre botão com as duas barrinhas paralelas para parar o diaporama e ler o texto ou para fazê-lo continuar). Leia mais : Entrevista com o curador da exposição |
▲ Alto da Página ▲
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
O Fractal Verde e Amarelo
Carnaval no Rio - Gilberto Santa Rosa As ilustrações deste post representam todas estruturas fractais. Elas são belas e harmoniosas, no entanto se originam do caos e se caracterizam por possuir sempre a mesma estrutura, seja se consideradas como um todo, seja se examinadas em cada uma de suas partes, sejam elas grandes ou minúsculas. Muitos domínios da natureza podem ser modelizados pelos fractais : a dimensão do litoral de um país, por exemplo, ou vegetais como a alface e o interior da beterraba como no diaporama abaixo, a geada sobre as plantas, mesmo partes da anatomia humana... E também ocorrências econômicas e culturais, entre outras. Alface Fractal - Gilberto Santa Rosa E o que tem o Brasil a ver com isto? A meu ver muito, pois o considero um país fractal! Porque? Em primeiro lugar, no quesito beleza, acho que ele é aprovado sem problemas, né? No quesito "caos", não se pode negar que em muitos setores seu desenvolvimento foi (ou ainda é?) caótico, então, por enquanto, 2 a 0! E passemos então ao terceiro quesito, a estrutura. Geada - Ebone Considerando aqui de longe o Brasil como um todo, o que sabemos? Ele é um país multiracial, multicultural, nele são praticadas uma variedade de religiões, além da enorme diferença econômica que apresentam seus habitantes. Descendo à escala de um estado, será que esse quadro se mantem? Claro que sim, cada um tem toda uma gama de culturas, religiões, raças e classes sociais diferentes. Numa cidade ocorre o mesmo, passeando em suas ruas vemos desfilar todas as cores, todas as classes sociais...E num bairro, então? Quantos condomínios de luxo não se encontram frente a frente com as favelas, por exemplo? E mesmo no interior das casas, podemos encontrar pessoas duma mesma família com credos religiosos diferentes. E até no sangue de cada um, se encontra esta mistura, pois a mestiçagem brasileira data de séculos... Lucik - Doktor J Isto acontece no mundo todo? Não! Este tipo de cultura não pode ser assimilada ao "melting point " americano ou à "saladeira" européia (comunidades que vivem lado a lado sem misturar suas culturas e religiões). Ela é particular, ela é fractal, pois "uma cultura fractal é aquela que contem no seu âmago as sementes de sua própria construção". E respeitado este terceiro quesito, podemos dizer que o Brasil é um belo e imenso fractal...meu magnífico fractal verde e amarelo!
|
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
A Primeira Vez
A lenda desta ilha tem origem na Odisséia de Homero : seus frutos, os "lotos", teriam um sabor de mel : quem os experimentar não desejaria partir nunca mais...Trata-se da ilha de Djerba, e foi nela que desembarcamos quando fomos ao sul da Tunísia e fizemos nosso périplo pelo deserto, que narrei no post precedente. Não ficamos nela muito tempo, mas me lembro de suas casinhas brancas se recortando contra o céu azul, do exotismo do hotel, dos comerciantes que chamavam todas as mulheres de "gazela" e os homens de "gazu". Quando lá cheguei o funcionário do aeroporto me disse : "É a primeira vez que um passaporte brasileiro passa pelas minhas mãos". Sorri e pensei na responsabilidade da imagem que deixaria, sendo possivelmente a primeira brasileira a pisar naquelas paragens...mas gosto muito de "viajar por mares nunca dantes navegados". Mas esta viagem à Tunísia foi marcada certamente pela hospitalidade do seu povo, mas também por muitas "primeira vez" e por um certo choque cultural :
Pois é, e dizem que é um país que evoluíu em termos de direitos femininos, lá não existe mais a poligamia, ainda presente nos países vizinhos. Mas uma mulher que quiser fazer uma viagem, por exemplo, mesmo que seja independente financeiramente, deve possuir uma autorização escrita do "homem da família", seja o marido, pai ou irmão...e elas são felizes assim. Dá para entender? |
▲ Alto da Página ▲
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Indagações...
? Quem fez ao sapo o leito carmesim Boa pergunta, não é mesmo? Os religiosos diriam que foi Deus, os cientistas diriam que tudo vem do Big Bang, cada um tem sua explicação e sua resposta. Mas o que importa a resposta, se a pergunta foi pretexto para estes versos tão sublimes de Florbella Espanca? Este post faz parte da blogagem coletiva "Interlúdio com Florbela" promovida pela Flor. Update (09/12/2008) O Gilrang, a quem agradecemos, deixou a seguinte contribuição nos comentários : teus olhos (F.Espanca) o céu azul, não era dessa cor, antigamente; era branco como um lírio, ou como estrela cadente. um dia, fez Deus uns olhos tão azuis como esses teus, que olharam admirados a taça branca dos céus. quando sentiu esse olhar: “que doçura, que primor!” disse o céu, e ciumento, tornou-se da mesma cor! |
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
A Travessia do Deserto
"Du vent, du sable et des étoiles (vento, areia e estrelas)", dizia do Saara o escritor do Pequeno Príncipe, Saint Exupéry. Dizer que ele é espetacular é um eufemismo, os produtores de Hollywood também o reconhecem, pois realizaram no Saara Ocidental, no sul tunisiano "Guerra nas Estrelas" e "O Paciente Inglês". E foi este canto do Saara que tive a ocasião de conhecer há alguns anos atrás. Meu marido recebeu um convite para participar como conferencista dum curso na cidade de Gabès e resolvemos aproveitar para acrescentar uma semana de férias passeando no Saara, que não fica distante dali. Tratava-se duma excursão que partia de Douz, a "porta do deserto" e adentrava no Saara durante 7 dias, "cavalgando" as dunas com os jipões, andando de camelos, visitando os oásis de montanha da fronteira argelina (foto acima), a cidade de Touzer com suas tamareiras, atravessando o lago salgado Chott-el-Jérid , visitando os souks, os vendedores de tapete, as cidades trogloditas...bem na base da aventura, se hospedando muitas vezes em hotéis rústicos ou tendas, sem água corrente nem eletricidade. Sem dúvida um ponto alto do passeio foi a parada no oásis onde passamos a noite. Primeiro porque lá tive a oportunidade de andar de camelo entre o oásis e um forte que ficava a 7 km. Morri de medo mas a paisagem do forte no meio da areia se recortando contra o horizonte na hora do por do sol foi inesquecível. Depois, à noite os árabes dançando à beira da fogueira sob o sol estrelado foi magnífico (apesar dos borrachudos, nunca vi mosquitos tão ferozes). Mas o mais surpreendente foi que a temperatura que durante o dia era de quase 40 graus, à noite caíu vertiginosamente...e os cobertores que tinham ficado abandonados num canto na tenda coletiva onde dormíamos passaram a ser disputados "no braço" no meio da escuridão, uma loucura! Legal também foi ver uma miragem. Sempre pensei que miragem fosse algo psicológico, porque a pessoa estava com sede. Mas não é não, é um fenômeno físico causado pela refração nas camadas de ar aquecidas pelos raios de sol sobre o lago salgado, logo todos que a observam vêem a mesma coisa. Nós vimos no ar um carro passando numa estrada próxima. A noite no hotel troglodita (cavado na pedra) de Matmata também foi pitoresca. Parecia que estávamos dormindo num túmulo, até a cama era cavada na pedra...Também valeu a pena as visitas que fizemos aos souks, mercados onde se vende de tudo numa aparente desordem e onde a pechincha faz parte do negócio, foi muito divertido. Foi uma viagem muito pitoresca, mas tive problemas de alergia por respirar a areia do deserto ( entendi então porque os beduínos usam aquelas turbantes que cobrem o rosto até o nariz) e tive um começo de insolação porque um dia tomei sol demais...logo fiquei bem contente quando voltamos a Gabes e havia um hotel normal, com uma bela "salle de bains", uma cama fofinha e o conforto da civilização. Sou mesmo um "bicho da cidade", não tem jeito... |
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
O Envelope de Cores
As cascas das árvores revestem o tronco, os ramos, as raízes... Permitem a identificação de uma árvore, e apresentam uma grande diversidade. Elas dependem da situação geográfica do vegetal, de sua idade ou ainda de sua exposição em relação ao sol. A casca de uma árvore possui uma camada interna e uma camada externa. Esta última, chamada rhyidone, é constituída por tecidos mortos, enquanto a casca interna, viva, é chamada liber. No mundo, várias culturas usaram e usam ainda as cascas para finalidades múltiplas. O ocotillo (espécie de cacto) é por exemplo utilizado pelos índios por suas virtudes medicinais, enquanto a araucária de Cunningham era antigamente usada também pelos índios como cimento. A casca do caneleiro é usada como tempero e de um tipo de carvalho (cortiça) serve como rolha ou isolante térmico. A aspirina, quanto a ela, é originária da casca do salgueiro. Mas você conhecia a beleza encerrada na casca das árvores? Pois folheie o diaporama abaixo e descubra! Este post faz parte da blogagem coletiva "Ecological Day" promovida pela Sonia do "Leaves of Grass" que ocorre no segundo dia de cada mês. Participe! Fotos do diaporama : Cédric Pollet Para ver mais : |
▲ Alto da Página ▲