terça-feira, 23 de setembro de 2008

O Tempo no Espaço

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Que horas são? Il est cinq heures, Paris s'éveille (São cinco horas, Paris desperta), diz a canção. Mas para que esta pergunta clássica tenha sentido deveríamos acrescentar "aonde" e para saber se é dia ou noite precisaríamos também conhecer a latitude e a estação do ano...você já pensou o que está fazendo sua amiga que mora no Japão, por exemplo, quando você está se levantando? E quem nunca ficou acordado até altas horas para ver um acontecimento que se passa no outro lado do mundo, como os últimos Jogos Olímpicos? Ou ficou derrubado devido à diferença de fuso horário quando fez uma viagem?


(passe o mouse para ver a hora nos vários países)

Isto acontece porque a Terra foi dividida em 24 fusos horários, tendo como ponto de partida o meridiano de Greenwich que passa em Londres, e que permite a cada país de ajustar seus horários ao horário solar. E o interessante é que existe no Pacífico uma região de mudança de data (felizmente não habitada), na qual você ganha um dia se a atravessa no sentido oeste-leste e perde um dia se viaja no sentido contrário (lembram do livro "A Volta ao Mundo em 80 Dias", de Júlio Verne?)

Dizem que o tempo não pára. Pois no diaporama abaixo, nós vamos fixá-lo e nos deslocarmos no espaço, dando uma volta ao mundo para ver o que está acontecendo nos vários pontos da Terra quando em Londres, que é o ponto de partida para determinar a hora no mundo, são 6h da manhã...Vamos lá?



Update 23/09/2008

Gilrang, a quem agradecemos, deixou o seguinte comentário sobre o tempo :

"...ainda hoje discutia com um amigo sobre a navegação na época dos descobrimentos e a orientação pelos astros e estrelas com o sextante e o astrolábio. o tempo e a sua medição foram fundamentais para que o posicionamento fosse algo próximo do real. ao contrário dos GPS de hoje, em que várias medições de posição em relação aos satélites são quase simultâneas, naquela época, as medições eram feitas com intervalos de até cinco minutos de diferença entre si, o que tornava o posicionamento bastante impreciso.

em la isola del giorno prima (a ilha do dia anterior), umberto eco relata as dificuldades que as imprecisões na medição do tempo causaram aos navegantes que cruzavam a linha de mudança de data.

mas o incrível de tudo isso é ver que, no fim, o tempo é como um poeta que deixa as marcas da sua poesia em tudo o que ele toca..."


E a Jugioli (merci, Ju) disse :

"...para falar do tempo, que segundo a simbologia é simbolizado pela Rosácea, pela roda, com seu movimento giratório, pelos dozes signos do Zodíaco, que descrevem o ciclo da vida. Sei por uma amiga astrológa... e adoro essa idéia do círculo, onde o centro nos rege e mantém, um começo e um fim."


E falando em tempo, o texto abaixo faz parte da introdução da emocionante série "As Aventuras de Arnaldo Rocha - Elétrico 15", de autoria do Jorge Pinheiro, que é publicada às terças e sextas-feiras simultaneamente no "Expresso da Linha" em Portugal e no "Varal de Idéias" no Brasil.

"Como dizia Santo Agostinho, o tempo não existe: o passado já passou; o futuro ainda não chegou; o presente acabou de passar. Arnaldo Rocha é um agente especial da poderosa 'Organização' que tenta, desesperadamente, criar o 'Quinto Império', a união do norte e do sul, do leste e do oeste. Arnaldo Rocha percorre o tempo atrás do mito."




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19 comentários:

Anônimo disse...

maria,

ainda hoje discutia com um amigo sobre a navegação na época dos descobrimentos e a orientação pelos astros e estrelas com o sextante e o astrolábio. o tempo e a sua medição foram fundamentais para que o posicionamento fosse algo próximo do real. ao contrário dos GPS de hoje, em que várias medições de posição em relação aos satélites são quase simultâneas, naquela época, as medições eram feitas com intervalos de até cinco minutos de diferença entre si, o que tornava o posicionamento bastante impreciso.

em la isola del giorno prima (a ilha do dia anterior), umberto eco relata as dificuldades que as imprecisões na medição do tempo causaram aos navegantes que cruzavam a linha de mudança de data.

mas o incrível de tudo isso é ver que, no fim, o tempo é como um poeta que deixa as marcas da sua poesia em tudo o que ele toca...

Anônimo disse...

Nossa, estou encantada com este post! Maravilha. Esta diversidade de tempo no espaço é simplesmente algo sobrenatural e divino.
beijo, menina

Aninha Pontes disse...

Maria Augusta querida, só você para nos proporcionar coisas simples assim, que nem paramos prá pensar.
Fiquei encantada aqui frente à esses slides, olhando tantos lugares, que nem imagino.
Muito bom.
Um beijo meu bem.

Só- Poesias e outros itens disse...

Maria Augusta, muita magia aqui para falar do tempo, que segundo a simbologia é simbolizado pela Rosácea, pela roda, com seu movimento giratório, pelos dozes signos do Zodíaco, que descrevem o ciclo da vida. Sei por uma amiga astrológa... e adoro essa idéia do círculo, onde o centro nos rege e mantém, um começo e um fim.


lindo o seu post de hoje.

bjs.

JU Gioli

Anônimo disse...

Que post gostoso Maria Augusta!

Tânia N. disse...

Que delícia de post, amamos!
Beijocas

Anônimo disse...

Maria Augusta,

magistral tema e post! Muito bem abordado. Obrigado pelo link do Varal!


Abçs

Jorge Pinheiro disse...

Fantástico texto. Vou ter de reler com calma. Amanhã voltarei. Obrigado pela referência ao "meu" Arnaldo Rocha e estou muito contente por estar a gostar.

Maria Augusta disse...

Gilrang, obrigada pela aula e pelo desfecho poético, já está devidamente incorporada ao post.
Abraços.

Denise, o tempo e o espaço independentes e ao mesmo tempo interligados, é fascinante mesmo.
Um grande beijo.

Aninha, muitas vezes não paramos para pensar nestas coisas, elas fazem parte de nosso cotidiano, é verdade.
Beijos.

Ju, obrigada por nos trazer esta simbologia associada ao tempo, já foi integrada ao post.
Beijos.

Meire, que bom que gostou!
Grande beijo.

Não somos apenas rostinhos bonitos, obrigada pela visita.
Beijos.

Eduardo, que bom que você gostou. Estou gostando muito da série do Jorge, que vocês estão publicando às terças e sextas.
Abraços.

Jorge, teu Arnaldo Rocha está cativante, não poderia deixar de citá-lo quando falo do tempo. Abraços.

SAM disse...

De um desses múltiplos fusos horários, acabo de adicionar o link do seu blog no meu :)

PS: adoro essa imagem!

Anônimo disse...

Maria Augusta passando para de deixar um beijinho.

Só- Poesias e outros itens disse...

Maria Augusta, voltei...
vim ouvir esta linda canção.
bjs.

JU gioli

Jorge Pinheiro disse...

Maria Augusta, agora que li e vi com atenção, só lhe digo: está super! A ideia da visita guiada das horas pelos locais é fantástica. Tirou-me o tema do próximo post sobre o tempo. No primeiro falei de como se chegou ao dia. Agora vou falar da hora e vou referir os fusos, claro. Acredite que é mera coincidência. Aliás, o meu vai ser muito mais técnico e não vai ter esta poesia. Bjs.

Ví Leardi disse...

"O tempo não existe: o passado já passou; o futuro ainda não chegou; o presente acabou de passar..."

Nada mais verdadeiro do que isto..É viver o momento,cada momento...intensamente,o momento que, ai...já passou !

Fantástica postagem...e que música deliciosa...vou ficar um pouco por aqui.!
beijos e parabéns....

Maria Augusta disse...

Sam, obrigada pelo link, vou lá conhecer teu blog.
Abraços.

Meire, um lindo dia para você também.
Beijos.

Ju, o cantor dela é Jacques Dutronc, o marido de Françoise Hardy.
Um grande beijo.

Jorge, este tema é tão vasto que merece mesmo várias abordagens e vários posts. Abraços.

Vi, realmente independentemente do fuso, deve-se viver intensamente o momento, porque ele não volta mais.
Um grande beijo.

Anônimo disse...

Bom dia querida!

O Profeta disse...

Olhos brilhantes maré tardia
Cabelos rebeldes em desalinho
Pés descalços no, frio barro
Um berlinde atirado ao caminho

Um bando de alegres pardais
Ou um domador de tempestades
Apenas um pássaro charlatão
Dividindo o pão em metades


Vem mergulhar com os Capitães do Calhau


Mágico beijo

Luma Rosa disse...

Dizem que o tempo foi criado pelo homem, o que é errado. O homem que não se apercebe disso, acaba por perder tempo ou perder o tempo, haja visto que se ele nao foi criado, não é palpavel, ele é simplesmente percebido.

A relatividade diz que o tempo faz parte do espaço, que ambos interferem um no outro, isso realmente é verdade, o tempo pode sofrer variações, ele pode se tornar mais devagar com relação a um referencial ou mais rápido que o mesmo referencial.

Estar situado no tempo não é somente uma forma filosófica de ter nosso ponto referencial na linha da história de nossa vida.

Beijus

Maria Augusta disse...

Meire, um bom dia para você também. Beijos.

Profeta, obrigada pela visita e pelo belo poema.
Um abraço.

Luma, ele é medido pelo homem em função do que acontece em torno dele, mas não é criado por ele. A teoria de Einstein sobre o espaço- tempo é consagrada principalmente porque diz que o tempo pode se dilatar ou encolher, quando todos achavam que ele era "incompressível".
Beijos.