quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Aposta Decisiva



A mãe natureza nos presenteou com todos estas belas paisagens para o deleite de nossos olhos, para nos fornecer alimentos, mas a partir deles tiramos também as energias térmica para nos aquecer ou a eletricidade para nosso conforto. Mas qual escolher para permitir que ela seja preservada e com ela nós também? Se pegarmos cada um dos componentes deste quebra-cabeças, e examinarmos como no quadro abaixo as vantagens (em cor de rosa!) e desvantagens (em cinza) de cada tipo, o que vai dar?


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Parece uma brincadeira de criança, né? Pois é o quebra-cabeças que todos os países do mundo estão enfrentando, compor sua matriz energética de modo a alcançar a quantidade de energia necessária para o crescimento do país e o conforto da população dentro de suas potencialidades e da disponibilidade no mercado mundial, com um olho no futuro, escolhendo a modalidade que trará menos impacto sobre o meio ambiente, para implementar uma situação sustentável.

A França optou pela energia nuclear como componente mais importante desta matriz, a Islândia pela geotermia, a China pelo carvão. O Brasil possui uma situação invejável, pois 45% de sua matriz energética é de fonte renovável.

Estas escolhas devem ser feitas sabendo que o futuro da planeta e das gerações futuras está em jogo. Você, em qual apostaria?

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21 comentários:

Lunna Guedes disse...

Bom dia Maria Augusta, eu confesso que gosto da energia eólica (adoro o vento) e saber que o ser humano é capaz de desfrutar de sua energia é fantástico. Ainda mais que aquela "plantação de ventiladores" é uma alusão para os meus olhos...
Mas quanto ao Brasil, a tal situação não é assim tão invejável, pois não é feito investimento no setor desde o final do governo anterior e o risco de racionamento é bem grande - mas tampa-se o sol com a peneira nessa atual administração que segue dizendo que está tudo bem e o investimento é o esperado.
Abraços e tenha um lindo dia...

Lunna Guedes disse...

Me esqueci de comentar com você que estarei postando 15 artigos sobre São Paulo a partir de hoje - uma viagem pela cidade a partir de sua fundação. Se puder divulgar, eu gentilmente agradeço e espero agradar uma leitora tão apaixonada pela cidade quanto tu.

Anônimo disse...

Maria Augusta,

post CASA DE APOSTAS! Ótima idéia. Voltarei com meu voto assim que estudar melhor as possibilidades!

Abçs

Anônimo disse...

Apesar de acreditar muito nas renovaveis, acho que no futuro as não totalmente desenvolvidas à base de HIDROGENIO, vencerá!

Grande post!

Só- Poesias e outros itens disse...

ótima postagem!!!!!
vou recomendar.

bjs.

Ju gioli

Maria Augusta disse...

Lunna, alguns países como a Dinamarca também apostam na eólica, com os captores instalados no mar. Este tipo de energia tem realmente um grande potencial.
Coloquei um lembrete sobre os artigos sobre São Paulo no "Acontece na Blogosfera".
Beijo.

Eduardo, com a abundância do hidrogênio e os avanços da tecnologia das pilhas de combustivel, ele é uma grande pedida como base energética para o futuro. Abraço!

Ju gioli, muito obrigada, um grande beijo.

Ví Leardi disse...

Que criatividade....
òtima postagem...sou apaixonda pela energia eólica...mas tendo a concordar com o Eduardo...acho que o hidrogenio, pela fartura...é o futuro...logo descobrem a tecnologia... Parabéns...
Meus beijos

Luma Rosa disse...

No Brasil falta crescimento e não sobra eletricidade, corremos o risco de blecautes. Em contrapartida temos as melhores matrizes energéticas, podemos explorar energia hídrica, eólica, solar e a do álcool. Temos também os biocombustíveis verdes, testados pela laboratórios da Petrobrás. É, Petrobrás não é somente petróleo.
Maria Augusta, o Brasil é um grande exportador de pás eólicas, produzidas em fábricas em Goiás e pasme! Nosso comprador n°1 é a Holanda e o uso do vento no mundo, permite a produção equivalente a duas vezes a produção de Itaipu.
O BRasil é grande atrativo para o market share de mega investidores. Aqui, aposto no biotrade

O Jardim tá lindo! Feliz 2008! Beijus

Anônimo disse...

maria,

o mundo não sobeviverá sem a produção de energia. e não dá para apostar em apenas uma forma de geração. todas elas têm vantagens e desvantagens, como voce apontou. a ênfase em uma ou outra vai depender das condições locais. alguns exemplos:

- japão: praticamente, não existe escolha - eles têm que se render à energia nuclear. nada de carvão, nada de petróleo, poucos ventos, quase nada de sol (tokyo vive sob uma nuvem cinza, como algumas cidades européias e norte-americanas);

- frança: vá para o sul. grande usinas termo-nucleares. vá para o norte. grandes usinas termo-nucleares. "a frança não tem grandes rios, a frança não tem óleo, a frança não tem escolha." foi o que eu ouvi um dia de um político francês. uma campanha verde quase põe o programa nuclear francês na lona. não existem muitas outras fontes. não sei se voce sabe, mas os ônibus de nancy usam biodiesel quando estão fora do centro da cidade e motores elétricos quando se aproximam dele. o biodiesel daí é obtido do óleo de couza, aquela florzinha amarela que, no verão, enche os campos e os olhos da gente. mas existem ainda algumas termo-elétricas a carvão (como a de vandoeuvre);

- alemanha: os verde conseguiram, na alemanha, o que eles não conseguiram na frança - quase pararam a indústria do país. elegeram um chanceler que baseou sua campanha no fechamento de usinas nucleares. conseguiu fechar algumas, mas parou porque viu a besteira que estava fazendo. e a alemanha é a pioneira na pesquisa de energias ditas "alternativas". existem vilarejos que não pagam pela energia consumida porque vendem a energia solar que produzem para a concessionária local. existem, ainda, fazendas de cata-ventos gerando energia suficiente para abastecer pequenas comunidades. a matriz energética está sempre em mutação, como deve ser em qualquer país pioneiro, onde a indústria precisa continuar produzindo bens para a população;

- US: como na alemanha, os estados unidos possuem uma matriz energética em mutação. grandes produtores de hidrocarbonetos (óleos e gás derivados de combustiveis fósseis), eles não descartam as outras. nem poderiam, dado o alto consumo energético;

- brasil: perdôe-me, mas não posso deixar de falar da nossa pobre terra. pobre porque tudo lhe tiram. nela, não existe matriz energética. tudo aqui é no improviso. o planejamento é nenhum. quem cuida da energia não são os técnicos que dela entendem, mas os políticos e economistas que dela tentam tirar proveito. infelizmente, para eles e para nós, não é tão fácil. até uma ministra, engenheira e especialista em energia, como ela se diz, se rendeu às novidades. a experiência com os bio-combustíveis se tornou uma forma de propaganda política. não existe qualquer programação de produção. não que não existam pessoas sérias trabalhando para melhorar a matriz energética. mas eu fico temeroso em relação ao futuro. uma hidrelétrica leva quase quatro anos para entrar em operação, seis para usar toda a sua carga. uma usina nuclear só opera depois de seis anos ininterruptos de obras e treinamento constante de pessoal. pequenas usinas de produção de biodiesel podem entrar em operação em pouco tempo. o problema está no tipo de biodiesel que será usado.

bom! creio que fugi do ponto... novos perdões...

como voce vê, não se deve fazer uma opção por preferências pessoais, mas por uma avaliação técnica correta. o que é ruim para uns, pode ser a salvação para outros. o que não se pode é deixar que curiosos e incompetentes determinem o futuro pela limitação de sua visão.

abraços...

Anônimo disse...

O Brasil é rico, tem amtrizes de sobra, o que falta é Cabeça.

Maria Augusta disse...

Vi, realmente a abundância é um ponto importante. Sabe que aqui em Nancy já fazem testes usando a pilha a combustível baseada no hidrogênio para os ônibus? Beijos, amiga.

Luma, desconhecia que o Brasil era exportador de pás para as eólicas. Estas estão sendo levadas muito a sério por aqui. Quanto à biomassa, o Brasil tem muitas possibilidades, é verdade, e pode ser uma grande vantagem estratégica se fizer um planejamento sério. Beijo, estou contente com a tua volta de férias.

Gilrang, obrigado pela explanação, estes detalhes estavam no link colocado no fim do texto, onde tudo isto está bem explicadinho. Discordo do teu último paragrafo, é claro que todo governo competente vai se cercar de experts e estudar todos os ângulos do assunto, mas a decisão final é política, como sempre. E aqui neste post só quero conhecer o sentimento de meus visitantes, que são pessoas inteligentes e esclarecidas, a respeito da energia que predominará na matriz energética no futuro, não temos a pretensão nem o poder de determiná-lo com estas poucas linhas...Abraços.

Meire, realmente não dá para entender porque o Brasil ainda não transformou sua autonomia energética em uma vantagem comercial. Beijo.

Karina disse...

Acho q justamente por possuir uma situação invejável, nosso país deixa a desejar. Vamos levando, aproveitando o que já existe, sempre sujeitos a apagões.
Tbém sou simpatizante da energia eólica, mas claro q cada país terá q adaptar de acordo com suas necessidades e disponibilidades.
Bjks carinhosas

Anônimo disse...

maria,

voce me entendeu mal e a culpa foi exclusivamente minha. pensei uma coisa e escrevi outra. não queria criticar o seu post. ao contrário! minhas palavras são fruto do sentimento de frustração que se tem quando se vê tanto esforço sério tornado inútil e jogado fora em função de curiosos e especuladores. estes, ABSOLUTAMENTE, não são os seus leitores. também entendi a sua intenção que sempre é esclarecer (no que voce faz muito bem e didaticamente, por sinal).

um terceiro perdão, então, por não ter sido claro o suficiente na última parte do meu comentário. e vai um quarto, aqui, por não ter lido o link que voce postou. como seus posts são sempre tão agradavelmente explicativos, nem o havia percebido. acredite, o meu comentário foi mais um desabafo, uma reação às bobagens e incoerências que tenho ouvido e lido nas tvs e nos jornais por aqui. espero que voce e seus leitores compreendam.

Maria Augusta disse...

Gilrang, não tem importância, reagi porque interpretei de modo errado teu último parágrafo. Aceito as críticas em relação ao blog, mas não poderia deixar passar em branco críticas aos visitantes. Agora que está tudo claro, que você explicou que não eram eles os visados, tudo bem, você é sempre benvindo aqui na nossa "sala de visitas". Um abraço.

Luiz Santilli Jr disse...

Olá Maria Augusta

É verdadeira sua pergunta, como fica a preservação da vida e a sobrevivência do planeta?
Mas meu espírito instigante me leva ao ano de 2.000.002.008, ou seja daqui a dois bilhões de anos!
Os jornais deverão estar publicando:
"O paneta Mercúrio está começando a se evaporar, pois sua temperatura este ano deverá chegar a 1.000.000 ºC; o sol não para de crescer e logo a temperatura de Vênus será de 500.000 ºC. A terra já tem 50% dos oceanos evaporados e a temperatura de dia já chega a quase 200ºC e continua a crescer"
Isso vai acontecer um dia!
E então, no ano de 3.000.002.008 o sol terá envolvido todos os planetas do sistema solar, no maior espetáculo de pirotecnia que se possas imaginar, explodindo para se tornar uma estrela anã branca!
Triste fim do Astro Rei!!
Beijos e não em abandone antes de 3.000.002.008!

Anônimo disse...

Maria Augusta, estaria sendo repetitiva, em relação aos comentários anteriores, mas também creio que cada país priorizará o que lhe é possível ter. É uma pena que falte pessoal capacitado para explorar adequadamente os recursos de que dispomos aqui no Brasil.
beijo,menina

Anônimo disse...

maria,

um último pitaco - esse vai para a denise, se voce me permite.

denise, não falta pessoal capacitado no brasil para explorar adequadamente os nossos recursos. o que falta é planejamento e vontade de resolver tudo a médio e longo prazos. temos excelentes técnicos, muitas fontes de energia a explorar, eu garanto, mas o improviso e a afoiteza de políticas sem rumo que visam a fins puramente eleitoreiros imediatistas levam tudo a perder.

obrigado mais uma vez, maria... já fugi demais da sua proposta.

Maria Augusta disse...

Santilli, o nosso sol transformado numa estrela anã é realmente um triste fim. Mas nosso planetinha azul e os seres humanos podem acabar bem antes, no "ritmo que vai o andor"...
Abração.

Denise, será que alguma ocupará o lugar estratégico que tem o petróleo hoje? Quanto à situação brasileira, é realmente um desperdício. Beijo.

Gilrang, não está saindo da proposta não, também queria entender o porquê da situação brasileira. Que pena que os políticos passam os interesses imediatos acima dos interesses a médio e longo prazo do país. Abração.

Luiz Santilli Jr disse...

Sim Maria Augusta,

Mas não fora o cataclisma cósmico que aniquilou os grandes mamíferos, e o homem não teria tida a mínima chance de sobreviver!
As destruições, à vezes, precedem as grandes mudanças que tornam nossa existência viável.
Vejo muito catastrofismo nos movimentos ecologistas!

Abarço

Ceci disse...

olá, Maria Augusta, muito bom seu questionamento e a forma de mostrar o quebra-cabeças das escolhas, sabendo que as escolhas determinam a vida. Quando estive em Canárias ano passado, vi com satisfação o aproveitamento da energia eólia, que não polui, e aproveita uma força natural que está disponível em toda parte. Sou a favor desse aproveitamento e contra as buraqueiras que se fazem para extrair os intestinos da Terra. Não gosto nem um pouco. Abraços, feliz 2008 e parabéns para vc.

Maria Augusta disse...

Santilli, gostaria que você tivesse razão e que os ecologistas estivessem exagerando. Mas não é bem assim, indicadores sérios demonstram que a mudança climática é real e devida às atividades humanas. Abraço.

Ceci, seja benvinda aqui ao nosso jardim. A energia eólica é uma opção, se as pás são instaladas em lugares menos habitados seus inconvenientes podem ser minimizados. Um abraço e volte sempre.