Hoje a França tem um novo presidente.
Ele encarna a nova França, a diferença de geração e de estilo em relação a seu predecessor é flagrante. Filho de pais divorciados, ele mesmo divorciado, sua família foi recomposta com 2 filhos do primeiro casamento, um filho com a atual esposa e mais 2 filhas que a esposa ja possuía de um casamento anterior, uma família típica da sociedade atual. Além disto, aparentemente sua esposa não parece ter nada de uma mulher submissa : não foi votar no segundo turno e não estava ao lado do marido no momento da vitória, o que deu muito pano para manga para os jornais daqui.
Dizem que ele admira o “american way of life”, aliás nesta semana que seguiu a eleição era comum vê-lo vestido em jeans e agasalhos esportivos, ou freqüentando restaurantes de luxo e em férias a bordo de um iate (aqui ostentar riqueza é falta de ética, mas os franceses já o perdoaram), dizem mesmo que ele deseja ser o Kennedy francês. Não sei se é verdade, em todo caso sua posse teve sua dose de glamour, com a elegância da primeira dama vestida em Prada e de suas filhas, a quebra do protocolo de seu filho de 10 anos curioso para ver a Legião de Honra destinada a seu pai, além da imagem dos jovens correndo pelo gramado do palácio presidencial.
Quanto ao seu governo que começa, os franceses esperam muito dele. Disse que vai valorizar o trabalho, o que não seria mau pois aqui quanto mais se trabalha menos se ganha, pois os impostos são altíssimos. Para muitos, é mais interessante financeiramente viver da ajuda pública ou do seguro desemprego que trabalhar. Ele prometeu acabar com esta situação e não dar mais ajuda sem contrapartida. Vamos ver como ele vai conseguir colocar isto em prática sem adotar medidas impopulares.
Outro assunto no qual todos esperam suas decisões é a política de imigração. Apesar de ser filho de imigrante, ele disse que vai instaurar a imigração escolhida, cobrar um esforço de integração da parte dos estrangeiros e criar um ministério da identidade nacional. Esperemos que ele saiba dosar suas ações de modo a não piorar ainda mais a situação nos bairros difíceis, que já queimaram dezenas de carros em protesto contra sua eleição.
De qualquer modo, tudo que nos resta é desejar boa sorte ao novo presidente e torcer para que ele consiga fazer da França um país de pleno emprego, paz e justiça social.
Ele encarna a nova França, a diferença de geração e de estilo em relação a seu predecessor é flagrante. Filho de pais divorciados, ele mesmo divorciado, sua família foi recomposta com 2 filhos do primeiro casamento, um filho com a atual esposa e mais 2 filhas que a esposa ja possuía de um casamento anterior, uma família típica da sociedade atual. Além disto, aparentemente sua esposa não parece ter nada de uma mulher submissa : não foi votar no segundo turno e não estava ao lado do marido no momento da vitória, o que deu muito pano para manga para os jornais daqui.
Dizem que ele admira o “american way of life”, aliás nesta semana que seguiu a eleição era comum vê-lo vestido em jeans e agasalhos esportivos, ou freqüentando restaurantes de luxo e em férias a bordo de um iate (aqui ostentar riqueza é falta de ética, mas os franceses já o perdoaram), dizem mesmo que ele deseja ser o Kennedy francês. Não sei se é verdade, em todo caso sua posse teve sua dose de glamour, com a elegância da primeira dama vestida em Prada e de suas filhas, a quebra do protocolo de seu filho de 10 anos curioso para ver a Legião de Honra destinada a seu pai, além da imagem dos jovens correndo pelo gramado do palácio presidencial.
Quanto ao seu governo que começa, os franceses esperam muito dele. Disse que vai valorizar o trabalho, o que não seria mau pois aqui quanto mais se trabalha menos se ganha, pois os impostos são altíssimos. Para muitos, é mais interessante financeiramente viver da ajuda pública ou do seguro desemprego que trabalhar. Ele prometeu acabar com esta situação e não dar mais ajuda sem contrapartida. Vamos ver como ele vai conseguir colocar isto em prática sem adotar medidas impopulares.
Outro assunto no qual todos esperam suas decisões é a política de imigração. Apesar de ser filho de imigrante, ele disse que vai instaurar a imigração escolhida, cobrar um esforço de integração da parte dos estrangeiros e criar um ministério da identidade nacional. Esperemos que ele saiba dosar suas ações de modo a não piorar ainda mais a situação nos bairros difíceis, que já queimaram dezenas de carros em protesto contra sua eleição.
De qualquer modo, tudo que nos resta é desejar boa sorte ao novo presidente e torcer para que ele consiga fazer da França um país de pleno emprego, paz e justiça social.
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8 comentários:
Ótimo texto. É exatamente essa a imagem que tive dele, aqui do outro lado do Atlântico. Acredito muito que possa fazer parte do que prometeu, e dar uma nova feição ao velho estilo Françês, e dessa forma ajudar a Europa como um todo. Só o fato de no mesmo dia da posse, ter ido para a Alemanha a trabalho já demonstra que ele não esta para brincadeiras! Parabéns pela postagem, e VIVA A FRANÇA!
Eduardo, é verdade que todos dizem que ele tem uma energia enorme...esperemos que ela seja usada em medidas positivas para a população, a expectativa é grande.
Maria Augusta, veja lá no Varal se ficou boa a postagem! Mais uma vez obrigado.
Obrigada a você, Eduardo. A postagem ficou ótima, os cartões postais ficaram valorizados apresentados no teu VARAL DE IDEIAS, tão rico de manifestações artísticas de todas as tendências e de todos os tempos.
Se não der certo, podemos fazer uma troca com o Romano Prodi (o Prodi é apenas o primeiro ministro, mas eu acho o presidente da Itália muito mais simpático que o primeiro ministro).
:)
Oie!
Menina, fiquei chocada com a escada do post abaixo, feita por Majorelle, é praticamente a mesma da Casa Battlo de Gaudi em Barcelona!!! Com as mesmas inspiracoes, formas, no mesmo sentido, lado da sala e tudo... Vc jah visitou a casa Battlo?
Beijao
Allan, aqui na França falam muito do primeiro ministro italiano, mas quase nada sobre o presidente da Itália. Sera que o primeiro ministro tem mais poderes?
Cris, não é de se estranhar que as obras de Majorelle e de Gaudi se pareçam, ambos são expoentes da art nouveau e tiveram as mesmas fontes de inspiração, e tanto a maison Bergeret quanto a casa Battlo foram construídas na mesma época. Beijão.
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