© Lucie Dumoulin-Minguet
Ontem, na primeira segunda-feira do mandato do novo presidente da França, foi organizada uma reunião entre ele, o Ministro do Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável, Energia e Transportes Alain Juppé, Nicolas Hulot (o "papa" da ecologia aqui na França) e nove ONGs, a saber,WWF, Greenpeace, Os Amigos da Terra,a Fundação Nicolas Hulot, a Liga de Proteção dos Pássaros (LPO), a Rede Ação Clima(RAC), a Liga pela Preservação da Fauna Selvagem e pela Defesa dos Não Caçadores(ROC), a Federação França Natureza Meio Ambiente (FNE) e Ecologia sem Fronteiras.
O objetivo desta reunião foi a preparação do encontro "Grenelle* do Meio Ambiente" que ocorrerá em setembro e outubro de 2007 e definirá a política a ser adotada pela França nos próximos 5 anos em relação à prevenção do aquecimento climático, à biodiversidade e à saúde. Segundo o presidente, os compromissos assumidos entre o governo, as coletividades territoriais, os sindicatos e as ONGs à ocasião deste evento deverão ser reavaliados anualmente. " A Grenelle do Meio Ambiente não será um enésimo colóquio para constatar a urgência ecológica e concluir que é necessário agir", afirmou o presidente, "será uma negociação de medidas concretas".
Nicolas Hulot e as ONGs saíram satisfeitos da reunião, embora alguns pontos de divergência bastante espinhosos como a política em relação à energia nuclear e os organismos modificados geneticamente tenham sido observados. "Os assuntos difíceis não devem ser evitados", disse o presidente.
Agora, a pergunta óbvia é : "Será que desta vez é para valer, o problema ecológico será tratado como prioritário pelo governo, em função do qual as outras decisões serão orientadas?". Alguns vêem na reunião de segunda-feira apenas um estratagema para conquistar os votos dos ecologistas já que as eleições legislativas se aproximam. Talvez, mas se funcionar, será um grande passo feito por um país importante na direção do combate ao problema climático.
*A palavra Grenelle faz referência aos acordos sociais de Grenelle que puseram fim às greves de 1968.
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